A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) insurgiu-se, esta segunda-feira, contra "todos os atos de violência" para com os seus filiados, pedindo às autoridades "medidas rigorosas" de combate ao flagelo e um reforçado trabalho de "sensibilização".
"A APAF repudia todos os atos de violência, independentemente da sua natureza e/ou origem, mantendo-se intransigente na defesa da integridade física e emocional dos árbitros. Por isso, não abdicamos de comunicar às entidades competentes todos os casos, pedindo punições exemplares para os agressores", garantiu o organismo.
Em comunicado, a APAF assume estar preocupada com os "cada vez mais preocupantes" episódios de violência, que nos últimos meses têm sido verificados por parte de jogadores, treinadores, dirigentes e adeptos sobre os árbitros.
"O desporto deve ser um espaço de respeito, fair-play e competição saudável, e não um campo onde a intimidação seja normalizada e aceite como parte integrante", refere-se.
A associação dos árbitros diz ser "fundamental" que as entidades responsáveis adotem "medidas rigorosas para punir os agressores e proteger os árbitros", enquanto apela a uma "intensificação do trabalho de sensibilização de todos aqueles que estão envolvidos no fenómeno desportivo".
"É fundamental mudar as mentalidades. Quem não respeita as regras e recorre à violência não pode ter lugar no desporto", vinca a APAF, convicta de que a segurança dos árbitros deve ser encarada como uma "prioridade absoluta".
O organismo considera "inaceitável" a inação habitual das autoridades contra os prevaricadores, entendendo que a "falta de medidas eficazes" para os punir serve de "incentivo a mais episódios de violência e intimidação, prejudicando não só os árbitros, mas o próprio desporto".
"A APAF apela a todos os intervenientes (jogadores, treinadores, dirigentes e adeptos), para que mantenham o 'fair play' e o respeito, valores essenciais para a prática do desporto. A paixão pelo jogo não pode ser usada como desculpa para os atos de violência sobre os árbitros. O respeito vence sempre", conclui a associação.