O 11.º presidente da LPFP vai orientar os destinos do futebol profissional português até 2027, num mandato de transição que 'cumpre' os anos deixados por Pedro Proença, que saiu para a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), culminando um percurso também de décadas dentro do organismo.
Era, até aqui, coordenador dos delegados e avaliadores da LPFP, tendo batido José Gomes Mendes, presidente de Mesa da Assembleia Geral (MAG), para assumir este desígnio, tendo em mãos um tema que lhe 'cai' na área de atividade, a gestão, nomeadamente a centralização dos direitos televisivos.
Esse tema, que tem de ficar finalizado até 2026, será a pedra de toque do mandato do algarvio de 61 anos, natural de Salir, no concelho de Loulé, que fez do imobiliário e dos empreendimentos turísticos a vida profissional -- até esta entrar na campanha à Liga.
Uma notícia do Correio da Manhã, em plena campanha, notava negócios de Teixeira com o atual presidente do Benfica, Rui Costa, que este prontamente desvalorizou, por terem sido quando o antigo médio ainda jogava em Itália.
O primeiro desafio do gestor será manter a coesão entre os clubes, sobretudo entre os 'grandes', como Proença foi conseguindo, isto depois de FC Porto e Sporting de Braga terem apoiado o seu rival eleitoral, tendo o algarvio contado com as subscrições de Benfica e Sporting.
Em entrevista à Lusa, em plena campanha, manifestou a intenção de ser o presidente das 34 sociedades desportivas que o compõem, pugnar pelo bom futebol, trabalhando pela mão do diálogo e do contacto com treinadores, jogadores, clubes e adeptos.
"Vamos com este espírito, com este espírito de missão, fazer coisas bonitas, coisas marcantes e diria marcar uma página na história, para que nós possamos e os nossos filhos, no futuro, recordar que foi naquela altura, com dossiês difíceis, em que todos pensavam que ia ser quase impossível que o entendimento aconteceu. Vai haver divergências? Vai, mas temos de ser capazes, com o bom senso que deve imperar, conseguir o entendimento e olhar para os interesses superiores do todo", assumiu.
De resto, Teixeira parece querer devolver o futebol à sua dimensão de "espetáculo", a começar pela redução do IVA dos bilhetes e pelo envolvimento dos adeptos com o jogo.
"Não faz sentido no século XXI não podermos beber uma cerveja num estádio e a 100 metros já podermos, não faz sentido nenhum", lamentou.
Fora do futebol, administra a Garvetur desde 1983, no ramo do imobiliário, congregando mais de 41 empresas associadas, foi delegado durante 20 anos, e tem passado por vários organismos consultivos e dirigentes nacionais e regionais.
Do Conselho Consultivo do Instituto Português do Desporto e Juventude a associações de hotéis, empresariais e de turismo, foi fazendo de tudo um pouco, até na carreira diplomática, como cônsul honorário do Brasil na região algarvia.