Metro para a partir de segunda para avançar plano de mobilidade do Tua

O metro de Mirandela, em Trás-os-Montes, vai parar definitivamente a partir de segunda-feira para avançarem as intervenções finais do plano de mobilidade do Tua, com transportes ferroviários, rodoviários e fluviais, informou hoje o município.

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Lusa
11/12/2018 17:40 ‧ 11/12/2018 por Lusa

Economia

Mirandela

 

A presidente da Câmara de Mirandela, Júlia Rodrigues, anunciou que, a partir de segunda-feira, vai ser suspenso o transporte ferroviário que até agora tinha sido garantido pelo Metro de Mirandela, entre Carvalhais e o Cachão.

Os transportes municipais irão, ainda segundo a autarca, assegurar às populações o percurso feito pelo metro até estar no terreno o Plano de Mobilidade do Tua, que vai introduzir alterações nesta zona, nomeadamente o regresso do comboio à desativada linha do Tua, passeios de barco e transporte rodoviário.

Parte dos menos de 60 quilómetros que restavam da centenária ferrovia ficaram submersos na albufeira da barragem de Foz Tua, concretamente entre a estação do Tua, que liga à linha do Douro, e a Brunheda, enquanto o troço entre a Brunheda e o Cachão está desativado há quase uma década, depois de quatro mortes em acidentes ferroviários.

O novo plano de mobilidade é a principal contrapartida pela construção do empreendimento hidroelétrico e está num impasse há dois anos, com a garantia dada hoje pelos responsáveis da Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua de que avança no verão de 2019.

No próximo meio ano, serão necessárias obras na linha e a reparação das duas carruagens do metro de Mirandela que serão entregues, através de um acordo ainda a celebrar, ao operador privado que vai explorar turisticamente o vale do Tua e assegurar também a mobilidade quotidiana.

A empresa municipal Metropolitano Ligeiro de Superfície de Mirandela será dissolvida, como explicou hoje a autarca, e como já estava previsto, e os quatro funcionários passarão também para a nova gestão.

Quando o plano de mobilidade estiver operacional, haverá também alterações no percurso entre Mirandela e Carvalhais, que deixará de ser assegurado pelo Metro e passa a ser feito em transporte ferroviário.

A autarca explicou ainda em relação às duas automotoras que "chegaram ao seu limite" e têm de "ser verificadas, sofrer manutenções para que o operador privado, em contrato com a agência do Vale do Tua, possa assegurar depois o transporte ferroviário às populações".

Segundo Júlia Rodrigues, está também prevista a construção de um hangar, em Mirandela, para guardar o material circulante do operador privado Mário Ferreira, o empresário dos passeios de barco no Douro que vai explorar agora o Tua.

A presidente de Mirandela afirmou que as alterações que se prepara para fazer visam "assegurar que estejam reunidas no próximo meio ano condições para que possam trabalhar as equipas de manutenção, de verificação das condições de segurança da linha e que esteja tudo a postos para que no início do verão possa efetivamente haver a mobilidade do Tua".

Até o plano de mobilidade entrar em vigor, no percurso relativo ao restante traçado da linha, os transportes rodoviários alternativos garantidos pela CP, com gestão do Metro, continuarão a circular, concretamente entre o Cachão e o Tua.

 

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