No passado domingo de Páscoa, um grupo de radicais islâmicos levou a cabo uma série de ataques concertados a igrejas católicas e hotéis de luxo no Sri Lanka. Mais de 250 pessoas morreram, incluindo um cidadão português.
Num país em que as receitas do turismo representam cerca de 5% do Produto Interno Bruto, a violência terrorista mostra ter força para se fazer sentir por mais tempo na economia do país asiático.
Dados de que a Reuters dá conta, compilados pela consultora ForwardKeys, mostram que, na semana logo a seguir ao ataque, registou-se uma quebra de 186% no número de reservas, relativamente ao mesmo período do ano anterior.
De resto, o número de cancelamentos de reservas tem estado a superar o de marcação de novas reservas. A capital do Sri Lanka, Colombo, tem sido particularmente atingida pela redução abrupta do número de reservas.
Em entrevista a um canal de televisão, o presidente do país, Maithripala Sirisena, admitiu que estes números evidenciam "um grande golpe" sofrido pela indústria turística do país, na sequência do ataque.
Tal nota-se também no tráfego aéreo, com algumas a reduzirem por esta altura a frequência de voos, mas também nos cenários de praias vazias - e que noutros anos por esta altura, teriam maior afluência de turistas.