O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Fernando Medina, apresentou, esta quarta-feira, as regras do Programa Renda Acessível (PRA) na capital, que fixa preços máximos mais baixos do que o 'teto' máximo fixado pelo Governo no âmbito do Programa de Arrendamento Acessível (PAA).
"Queremos casas que as pessoas possam pagar, que os jovens possam pagar, casas que as famílias das classes médias possam pagar", disse o Fernando Medina, na apresentação das regras do PRA, num prédio que está em construção na Ajuda, em Lisboa.
"Os preços estão definidos de forma a que cada pessoa, e cada família, gaste no máximo 30% do seu salário líquido na renda", adiantou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, exemplificando que um jovem, em início de carreira, que ganhe o salário mínimo deverá pagar, no máximo, 187 euros de renda.
Valores máximos definidos pela autarquia de Lisboa.© CML
Um outro exemplo apresentado pelo presidente da CML aponta para que uma família com dois filhos pague, por um T2, 600 euros no máximo. "Casas que as pessoas possam pagar", reforçou.
A autarquia de Lisboa definiu que "uma pessoa com o salário mínimo pode concorrer ao programa até ao limite que chegará aos 45 mil euros. Isto é, abrangemos a generalidade das classes médias", indicou Medina.
Questionado sobre as diferenças entre o Programa Renda Acessível, apresentado pela autarquia de Lisboa, e o Programa de Arrendamento Acessível do Governo, que entrou em vigor esta semana, Medina afirmou: "É diferente do [programa do] Governo. Creio que o nosso responde melhor à realidade de Lisboa".
O site 'Habitar em Lisboa', onde podem ser feitas as candidaturas, estará disponível em outubro e em novembro abrem as candidaturas para as primeiras 120 casas ao abrigo do PRA, sendo que as primeiras poderão ser entregues até ao final do ano, segundo indicou o presidente da autarquia.