"Queremos integrar frações no programa renda acessível, sim", disse hoje Edmundo Martinho em resposta aos jornalistas, na conferência de imprensa de apresentação de resultados da Santa Casa, em Lisboa.
O provedor da instituição afirmou que a Santa Casa quer participar no programa "na medida daquilo que é a característica do (...) património" da instituição.
"Temos previsto relativamente à renda acessível, e a projetos novos que estão em curso na cidade de Lisboa, integrar frações desses projetos no programa", disse Edmundo Martinho, acrescentando que está a estudar o programa "em conjunto com a Câmara [Municipal de Lisboa]".
A Santa Casa está ainda "a estudar a possibilidade de assumir um dos terrenos que está colocado pela Câmara Municipal de Lisboa para construção" própria, no âmbito do programa, de acordo com o provedor.
Sobre a participação no projeto, Edmundo Martinho considerou ser "não apenas adequado, mas também uma responsabilidade" o envolvimento da Santa Casa, mas "dentro daquilo que é a capacidade" da instituição.
"O que acontece é que o património imobiliário da Santa Casa é um património vasto mas disperso", o que justifica a opção pela atribuição de frações ao programa da renda acessível.
As candidaturas às primeiras 120 casas do Programa de Renda Acessível da Câmara de Lisboa abrem em novembro, após a aprovação do Regulamento Municipal do Direito à Habitação, anunciou em 03 de julho o presidente da autarquia.
Fernando Medina apresentou aos jornalistas as regras do programa, inseridas no regulamento municipal relativo à habitação, que deverá ser submetido a discussão pública ainda este mês e ter a sua versão final aprovada em setembro.
De acordo com a câmara, o valor de um T0 varia entre 150 e 400 euros, o preço de um T1 situa-se entre 150 e 500 euros e um T2 terá um preço que pode ir dos 150 aos 600 euros, enquanto as tipologias superiores contarão com uma renda mínima de 200 euros e máxima de 800.