O risco médio é uma avaliação global sobre o mercado imobiliário residencial em Portugal que inclui fatores como sinais de sobrevalorização de preços, mercado de financiamento robusto e com juros relativamente baixos e preocupação na situação financeira das famílias.
Contudo, considera o relatório, as recomendações de natureza macroprudencial tomadas pelo Banco de Portugal em 2018 têm servido para mitigar a "espiral entre os preços das casas e o novo crédito à habitação" ao criarem restrições à concessão de novos empréstimos.
Em julho de 2018 - após vários alertas sobre sinais de sobrevalorização dos preços do imobiliário, risco do sobreendividamento das famílias e tomada de riscos excessivos pelos bancos -, entraram em vigor as recomendações do Banco de Portugal que, na prática, obrigam os bancos a serem mais exigentes com os clientes na concessão de crédito para garantir que estes terão capacidade de pagar a dívida.
Além de Portugal, outros sete países adotaram medidas macroprudenciais que se revelam "apropriadas e suficientes", segundo o relatório do Comité Europeu do Risco Sistémico, sendo esses Reino Unido, Áustria, Estónia, Irlanda, Malta, Eslováquia, Eslovénia.
Ainda assim, em Portugal, considera a análise que as famílias "continuam vulneráveis" a eventuais problemas na economia devido ao elevado endividamento e à prevalência de empréstimos a taxa de juro variável.
Este relatório do Comité Europeu do Risco Sistémico faz uma avaliação transversal dos riscos e vulnerabilidades de médio prazo dos mercados imobiliários residenciais dos Estados-Membros da União Europeia, da Islândia e da Noruega.
Além de Portugal há mais 12 países com risco médio (Áustria, Bélgica, República Checa, Alemanha, Estónia, Finlândia, França, Irlanda, Islândia, Malta, Eslováquia, Reino Unido), sendo os cinco países de risco elevado Dinamarca, Holanda, Luxemburgo, Noruega e Suécia.