Com a revisão em alta de 0,2 pontos percentuais para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, o FMI posiciona as suas previsões alinhadas com as do Governo, mas mantêm-se menos otimista para 2020 do que o executivo, que estima 1,9% para ambos os anos.
Assim, embora tenha melhorado as previsões em 0,1 pontos percentuais face às anteriores projeções feitas para Portugal para 2020, o FMI continua a estimar um abrandamento da economia para 1,6% no próximo ano.
As previsões constam do World Economic Outlook (WEO), hoje divulgado, no qual o FMI também antecipa uma queda da taxa de desemprego portuguesa para 6,1% este ano (6,2% na anterior estimativa) e 5,6% em 2020 (5,7% na anterior estimativa), inferior à previsão do Governo, de 6,6% e 6,3%, respetivamente.
Para o défice da balança corrente, a instituição liderada por Kristalina Georgieva espera que se fixe nos 0,6% do PIB em 2019 e 0,7% em 2020, mantendo a previsão relativa a este ano, mas piorando em 0,2 pontos percentuais a projeção para 2020.
O Governo espera um défice orçamental de 0,2% do PIB, depois dos 0,5% verificados em 2018, o melhor registo da democracia e abaixo do previsto pelo executivo.
No WEO, o FMI reviu em baixa a estimativa para o crescimento do PIB mundial para 3% em 2019, menos 0,3 pontos percentuais face à anterior estimativa, sinalizando que este abrandamento se encontra ao nível mais baixo desde a última crise financeira, e para 3,4% em 2020, menos 0,2 pontos percentuais.
Já para a zona euro, a instituição com sede em Washington, piorou em 0,1 pontos percentuais as projeções de crescimento para 2019 e 2020 para os 1,2% e 1,4%, respetivamente.