Exportações têxteis e de vestuário subiram, mas mantêm quebra acumulada
As exportações de têxteis e vestuário aumentaram cerca de 2% em setembro face ao mês homólogo, mas mantêm uma quebra acumulada de 0,9% desde início do ano, somando 3.957 milhões de euros, divulgou hoje a associação setorial.
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Economia Setor
Num comunicado emitido após a divulgação pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) das Estatísticas do Comércio Internacional relativas a setembro, a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) destaca o vestuário de malha como sendo, "sem dúvida, a categoria de produtos que regista maior queda absoluta nas exportações até setembro: -45 milhões de euros (-2,7%)".
Seguem-se as matérias-primas de algodão, incluindo fios e tecidos, com menos 12 milhões exportados (equivalente a -9,8%) face ao mesmo período de 2018.
A contrariar este desempenho estão as exportações de vestuário em tecido, com um aumento absoluto de 27 milhões de euros (+3,8%), seguindo-se as de pastas, feltros e artigos de cordoaria, com um acréscimo de 20 milhões de euros (+10,8%).
Segundo a ATP, os destinos intracomunitários registaram uma queda de 2,0% nos primeiros nove meses do ano, em termos homólogos, enquanto os destinos não comunitários cresceram 4,7%, com os EUA a registarem o maior aumento absoluto (+19,8 milhões de euros, ou seja, +8,5%).
Turquia, Canadá, India, Trinidade e Tobago e Vietname são outros destinos não comunitários com maiores crescimentos absolutos no período.
Em sentido inverso, a Espanha e a Alemanha foram os destinos que registaram maiores quedas absolutas, respetivamente de 49 milhões de euros (ou seja, -3,8%) e de 16 milhões de euros (equivalente a -4,5%).
A quebra das exportações, conjugada com o aumento das importações de têxteis e vestuário (+3,1% no período, sobretudo devido ao aumento das importações de produtos já acabados, como vestuário e têxteis para o lar, que aumentaram respetivamente 6,2% e 5,1%), tem levado a uma degradação da balança comercial do setor.
Ainda assim, destaca a associação, o saldo continua "bastante positivo", situando-se nos 680 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 121%.
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