A Embraer anunciou, num comunicado divulgado na noite de quinta-feira, que os estudos irão "identificar alternativas e soluções para atender às necessidades operacionais da FAB, especialmente na região Amazónica, em pistas extremamente curtas, estreitas, não pavimentadas, desprovidas de infraestrutura e em localidades remotas".
Por sua vez a FAB, que recebeu em 2019 as primeiras unidades do avião de transporte militar multimissão KC-390 da Embraer, pretende "modernizar a sua capacidade de transporte nos segmentos inferiores, visando atender de forma abrangente e completa as necessidades do país".
Pelo acordo firmado, a Embraer realizará os estudos de mercado para desenvolvimento da nova aeronave enquanto a FAB compartilhará a vasta experiência que possui na operação de aviões nesse segmento.
O segmento de defesa e segurança da Embraer desenvolveu as aeronaves A-29 Super Tucano, de ataque leve e treinamento avançado, e C-390 Millennium, de transporte militar multimissão.
A fabricante de aeronaves brasileira também informou que oferece, em mais de 60 países, soluções integradas e aplicações de comando e controlo, radares, inteligência, vigilância e reconhecimento do espaço.
Em fevereiro, os acionistas da Embraer aprovaram o acordo sobre a venda da divisão comercial da empresa para a Boeing, que inclui também a criação de uma joint venture que fará a promoção da aeronave militar C-390 Millennium.
O acordo também estipula que a Boeing deverá pagar 4,2 mil milhões de euros (3,7 mil milhões de euros) para obter 80% da nova companhia voltada para a aviação comercial e a Embraer ficará com os 20% restantes. A expetativa é que, até ao fim deste ano, o negócio seja concluído.
A Embraer é fabricante e líder mundial de aeronaves comerciais com até 150 assentos e tem mais de 100 clientes em todo o mundo.
A empresa brasileira mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.
Em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, funcionam duas fábricas da Embraer, sendo que a empresa também é acionista da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, com 65% do capital, em Alverca.