"A venda [das seis barragens, anunciada por 2,2 mil milhões de euros] está carente de uma autorização do Estado. Não entrou ainda um pedido para essa autorização. Quando entrar, será avaliada, mas não em pacote. Será avaliada barragem a barragem", revelou João Pedro Matos Fernandes à margem de uma cerimónia a assinalar os 70 milhões de passageiros da Metro do Porto.
O presidente executivo da EDP, António Mexia, afirmou na quinta-feira que o Governo ainda não aprovou a venda de seis barragens da EDP, dizendo estar confiante que a operação reúne os requisitos para receber 'luz verde'.
"O Governo português, através dos órgãos competentes, tem de autorizar o negócio. Essa transação depende de autorizações regulatórias. Estamos confiantes porque, normalmente, é posta em causa a credibilidade técnica [...] e também financeira do comprador, que, [neste caso], é inquestionável", afirmou António Mexia, em conferência de imprensa, em Lisboa.
A EDP anunciou naquele dia que vendeu seis barragens em Portugal a um consórcio de investidores, formado pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova, por 2,2 mil milhões de euros.
"A EDP -- Energias de Portugal, S.A. acordou a venda de um portefólio de seis centrais hídricas em Portugal ao consórcio de investidores formado pela Engie (participação de 40%), Crédit Agricole Assurances (35%) e Mirova - Grupo Natixis (25%), numa transação de 2,2 mil milhões de euros", lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).