Em comunicado enviado à Lusa, a empresa indica que, a partir de domingo, "a entrada nos veículos da Carris, autocarros e elétricos passará a ser realizada através da porta traseira, de modo a reduzir o contacto físico com os tripulantes".
Simultaneamente, serão colocadas "fitas delimitadoras do posto do tripulante" durante a próxima semana.
"Dado que as entradas se passam a efetuar pela porta de saída, os clientes deverão adotar as regras que já estão habituados a utilizar em outros modos (nomeadamente no Metropolitano e na CP), ou seja, deixar os passageiros sair primeiro antes de entrarem na viatura", detalha-se no comunicado.
A venda de tarifas de bordo está "suspensa por tempo indeterminado" e "as validações por parte dos passageiros são facultativas", realça-se.
"Os autocarros vão passar a parar obrigatoriamente em todas as paragens, independentemente de existirem passageiros que pretendam sair, ou entrar, dispensando assim os clientes de acionar o botão de stop", acrescenta-se.
Estas medidas excecionais não resultam, pelo menos para já, em alterações à operação regular de transporte público, mantendo-se a oferta, anuncia a Carris, adiantando que apenas o elevador de Santa Justa encerrará "por tempo indeterminado" já a partir de domingo.
Os elevadores do Lavra e da Glória "mantêm a sua operação normal, sem vendas de tarifas de bordo", e o ascensor da Bica "mantém a sua operação normal, mas o compartimento do guarda-freio ficará interditado a passageiros" e igualmente sem vendas de tarifas de bordo.
"As transações comerciais na rede própria da Carris, lojas e quiosques passam a ser realizadas exclusivamente por pagamentos com cartão", informa-se.
A Carris recomenda ainda que os passageiros assegurem "uma distância mínima de um metro relativamente a outros passageiros", quer dentro do transporte, quer na paragem, e que optem pelos lugares vazios, se existirem.
No que diz respeito aos seus trabalhadores, o acesso às instalações da Carris "implicará uma medição de temperatura" a partir de segunda-feira.
O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.700 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 151 mil pessoas, com registos em 137 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 169 casos confirmados.