Em alta, Wall Street recupera parte de fortes perdas de segunda-feira

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em forte alta, recuperando vivamente no dia seguinte a uma das piores sessões da sua história, com os investidores satisfeitos com as medidas anunciadas pela Casa Branca e o banco central.

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Lusa
17/03/2020 21:47 ‧ 17/03/2020 por Lusa

Economia

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Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 5,20%, para os 21.237,38 pontos, depois de um início de trocas com altos e baixos, em que chegou a evoluir abaixo do limiar simbólico dos 20 mil pontos.

Na segunda-feira, o Dow fechou com uma perda de 12,9%, que é a mais forte depois da designada Segunda-Feira Negra, vivida em outubro de 1987.

O tecnológico Nasdaq, que tinha desvalorizado 12,3% na segunda-feira, subiu 6,23%, para as 7.334,78 unidades.

Por sua vez, o alargado S&P500 progrediu 6,00%, para os 2.529,19 pontos.

Depois de terem variado entre perdas e ganhos no início da sessão, os índices começaram a recuperar força quando o banco central dos EUA, a Reserva Federal (Fed), anunciou que ia dar facilidades de crédito destinadas às empresas e às famílias, um esforço para procurar reduzir o impacto económico da pandemia do novo coronavírus nos EUA.

Para garantir que os investidores fiquem com liquidez suficiente, o banco da Fed em Nova Iorque organizou hoje uma nova injeção de dinheiro, ao colocar 500 mil milhões de dólares (455 mil milhões de euros).

Os índices amplificaram a seguir a sua progressão depois do início de uma conferência de imprensa na Casa Branca.

O secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, anunciou que o Governo de Donald Trump ia enviar cheques às famílias afetadas pela crise do novo coronavírus em duas semanas.

Segundo a comunicação social norte-americana, o Governo está a preparar um plano de relançamento económico que pode atingir os 850 mil milhões de dólares (773 mil milhões de euros).

Sinal de investidores mais confiantes, a taxa de rendimento dos títulos de dívida dos EUA a 10 anos subiu hoje acima do um por cento.

O receio suscitado pelo avanço da pandemia do novo coronavírus tinha predominado na segunda-feira sobre os esforços massivos empreendidos pela Fed para os procurar tranquilizar.

Mas, na terça-feira, a subida dos índices "foi suscitada pela esperança de ver o Congresso dos EUA adotar um conjunto de medidas de ajuda à economia", pelas "ajudas prometidas pela Fed às empresas e famílias", bem como pelas "promessas do Presidente norte-americano sobre ações suplementares", considerou Karl Haeling, da LBBW.

Em todo o caso, relativizou, "está-se longe de um otimismo sereno".

Para este operador, "não há qualquer ideia do que vai ocorrer a curto prazo e o facto de não se poder antecipar os resultados das empresas incita muito os atores do mercado a ficarem à margem".

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