Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 5,20%, para os 21.237,38 pontos, depois de um início de trocas com altos e baixos, em que chegou a evoluir abaixo do limiar simbólico dos 20 mil pontos.
Na segunda-feira, o Dow fechou com uma perda de 12,9%, que é a mais forte depois da designada Segunda-Feira Negra, vivida em outubro de 1987.
O tecnológico Nasdaq, que tinha desvalorizado 12,3% na segunda-feira, subiu 6,23%, para as 7.334,78 unidades.
Por sua vez, o alargado S&P500 progrediu 6,00%, para os 2.529,19 pontos.
Depois de terem variado entre perdas e ganhos no início da sessão, os índices começaram a recuperar força quando o banco central dos EUA, a Reserva Federal (Fed), anunciou que ia dar facilidades de crédito destinadas às empresas e às famílias, um esforço para procurar reduzir o impacto económico da pandemia do novo coronavírus nos EUA.
Para garantir que os investidores fiquem com liquidez suficiente, o banco da Fed em Nova Iorque organizou hoje uma nova injeção de dinheiro, ao colocar 500 mil milhões de dólares (455 mil milhões de euros).
Os índices amplificaram a seguir a sua progressão depois do início de uma conferência de imprensa na Casa Branca.
O secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, anunciou que o Governo de Donald Trump ia enviar cheques às famílias afetadas pela crise do novo coronavírus em duas semanas.
Segundo a comunicação social norte-americana, o Governo está a preparar um plano de relançamento económico que pode atingir os 850 mil milhões de dólares (773 mil milhões de euros).
Sinal de investidores mais confiantes, a taxa de rendimento dos títulos de dívida dos EUA a 10 anos subiu hoje acima do um por cento.
O receio suscitado pelo avanço da pandemia do novo coronavírus tinha predominado na segunda-feira sobre os esforços massivos empreendidos pela Fed para os procurar tranquilizar.
Mas, na terça-feira, a subida dos índices "foi suscitada pela esperança de ver o Congresso dos EUA adotar um conjunto de medidas de ajuda à economia", pelas "ajudas prometidas pela Fed às empresas e famílias", bem como pelas "promessas do Presidente norte-americano sobre ações suplementares", considerou Karl Haeling, da LBBW.
Em todo o caso, relativizou, "está-se longe de um otimismo sereno".
Para este operador, "não há qualquer ideia do que vai ocorrer a curto prazo e o facto de não se poder antecipar os resultados das empresas incita muito os atores do mercado a ficarem à margem".