Covid-19: Lotação dos transportes públicos vai ser reduzida

A lotação dos transportes públicos de passageiros vai ser reduzida para evitar acumulação de pessoas e permitir o distanciamento social, disse esta quinta-feira o primeiro-ministro, António Costa.

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Lusa
20/03/2020 07:01 ‧ 20/03/2020 por Lusa

Economia

Coronavírus

"Os transportes públicos irão ter a sua lotação reduzida de forma a evitar a acumulação de pessoas e mantermos o distanciamento social" afirmou António Costa na conferência de imprensa, no Palácio da Ajuda, após a reunião do Conselho de Ministros para aprovar as medidas excecionais que concretizam a execução do estado de emergência decretado na quarta-feira pelo Presidente da República, para tentar reduzir a propagação do Covid-19.

As empresas de transporte têm também de assegurar a higienização e desinfeção dos veículos e algumas, como o Metropolitano de Lisboa e a CP - Comboios de Portugal, começaram já a aplicar um produto que tem a duração de um mês.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00h00 de hoje, depois de a Assembleia da República ter aprovado na quarta-feira o decreto que lhe foi submetido pelo Presidente da República, com o objetivo de combater a pandemia de Covid-19, após a proposta ter recebido pareceres favoráveis do Conselho de Estado e do Governo.

O estado de emergência proposto pelo Presidente prolonga-se até às 23h59 de 2 de abril, segundo o decreto publicado quarta-feira em Diário da República, que prevê a possibilidade de confinamento obrigatório compulsivo dos cidadãos em casa e restrições à circulação na via pública, a não ser que tenham justificação.

O Conselho de Ministros aprovou as medidas que concretizam o estado de emergência, como o "isolamento obrigatório" para doentes com Covid-19 ou que estejam sob vigilância ativa, sob o risco de "crime de desobediência", a generalização do teletrabalho" para todos os funcionários públicos que o possam fazer, o fecho das Lojas do Cidadão, bem como dos estabelecimentos com atendimento público, com exceção para, entre outros, as mercearias e supermercados, postos de abastecimento de combustível, farmácias e padarias.

O Governo decidiu criar, também, um "gabinete de crise" para lidar com a pandemia da Covid-19, que integra os ministros de Estado, da Administração Interna, da Defesa Nacional e das Infraestruturas.

Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo já tinha suspendido as atividades letivas presenciais em todas as escolas desde segunda-feira e imposto restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 177 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou esta quinta-feira o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira.

O número de mortos no país subiu para quatro, com anúncio da morte de uma octogenária em Ovar, feito pelo presidente da Câmara local, horas depois de a DGS ter confirmado a existência de três vítimas mortais até às 24h00 de quarta-feira em Portugal.

Dos casos confirmados, 696 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

 

 

 

 

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