Fábrica têxtil de Celorico da Beira suspende produção por um mês

Segundo o presidente da Câmara Municipal de Celorico da Beira, Carlos Ascensão, o diretor da empresa, Jörg Baasner, comunicou-lhe que a unidade vai estar em 'lay-off' (suspensão temporária ou redução dos horários de trabalho) a partir de segunda-feira.

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Lusa
20/03/2020 16:06 ‧ 20/03/2020 por Lusa

Economia

Covid-19

A empresa alemã Mey Têxteis S.A., instalada no concelho de Celorico da Beira, no distrito da Guarda, vai suspender a produção pelo período de um mês, como forma de prevenção da pandemia do Covid-19, foi hoje anunciado.

Segundo o presidente da Câmara Municipal de Celorico da Beira, Carlos Ascensão, o diretor da empresa, Jörg Baasner, comunicou-lhe que a unidade vai estar em 'lay-off' (suspensão temporária ou redução dos horários de trabalho) a partir de segunda-feira.

A empresa que possui mais de 200 trabalhadores prevê que "a suspensão da produção dure um mês", indicou.

"Temos estado em proximidade com a empresa e há um ajustamento temporário [da produção]. Esta paragem é exclusivamente derivada da pandemia", garantiu hoje o autarca à agência Lusa.

Carlos Ascensão sublinha que a direção da empresa justifica a decisão com a atual conjuntura do país, que se encontra "em estado de emergência e onde é necessário salvaguardar a saúde dos trabalhadores e dos seus familiares".

A direção da unidade fabril "pede compreensão a todos os seus colaboradores" relativamente à decisão.

A empresa alemã Mey Têxteis S.A. está instalada desde 1992 na zona industrial de Celorico da Beira, na área da freguesia de Fornotelheiro.

O presidente da autarquia de Celorico da Beira lembra que a unidade fabril de confeções é "a maior empresa empregadora do concelho".

A unidade fabril emprega mais de 200 pessoas, a maioria mulheres, do concelho de Celorico da Beira e de municípios limítrofes, como Fornos de Algodres, Trancoso, Gouveia, Guarda e Pinhel, todos do distrito da Guarda.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, infetou mais de 250 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 10.400 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro de 2019, o surto espalhou-se já por 182 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 1.020, mais 235 do que na quinta-feira.

O número de mortos no país subiu para seis.

Dos casos confirmados, 894 estão a recuperar em casa e 126 estão internados, 26 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira, depois de a Assembleia da República ter aprovado na quarta-feira o decreto que lhe foi submetido pelo Presidente da República, com o objetivo de combater a pandemia de Covid-19, após a proposta ter recebido pareceres favoráveis do Conselho de Estado e do Governo.

O estado de emergência proposto pelo Presidente prolonga-se até às 23:59 de 02 de abril.

 

 

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