Os clientes do Santander que tenham tido uma redução de rendimentos já podem solicitar a moratória dos créditos - suspensão temporária do pagamento de prestações -, desde que estes se encontrem em situação regular, através do homebanking da instituição bancária. Esta solução, recorde-se, está disponível para clientes particulares e para pequenas e médias empresas.
"Esta possibilidade já está em vigor através do Netbanco do Santander Portugal desde o início da madrugada de hoje, dia 26 de Março, e pode ser concretizada pelos clientes mesmo antes de completamente definido o enquadramento do regime destas moratórias que tem estado em discussão entre o setor e as autoridades oficiais. A medida visa dar uma resposta rápida às necessidades de liquidez imediatas", sublinha a instituição, em comunicado.
De acordo com o banco, o pedido é efetuado de "forma simples e sem qualquer burocracia", podendo abranger as "250 mil famílias que têm crédito habitação no banco, aos clientes que têm crédito pessoal e às 67 mil empresas que se financiam junto do banco", pode ler-se.
As moratórias estão por isso disponíveis para os clientes que tenham "tido redução dos seus rendimentos", que podem, a partir de hoje, aderir à "moratória do banco que permite a carência de capital de seis meses na vasta maioria dos produtos comercializados pelo Santander", pode ler-se.
Além disso, "caso venha a ser aprovada uma moratória legal os clientes que venham a preencher os requisitos para enquadramento nesta moratória terão uma transição automática para este regime". Ainda esta semana é possível que haja novidades sobre este assunto.
"Com esta medida o Santander Portugal espera contribuir de forma simples, flexível e célere para o alívio imediato das preocupações orçamentais e financeiras dos seus clientes, sejam famílias sejam empresas, numa altura em que mais precisam do apoio do seu banco", refere a comissão executiva do banco, citada no mesmo comunicado.
A decisão do Santander vem no seguimento de a Autoridade Bancária Europeia ter dito, na quarta-feira, que a concessão de moratórias nos créditos não tem implicações automáticas no malparado dos bancos, facilitando a suspensão de empréstimos de famílias e empresas penalizadas pelo surto de Covid-19.