O mercado de trabalho vai sofrer o impacto da Covid-19, sendo que os números da Organização Internacional do Trabalho (OIT) colocam a Europa no 'olho do furacão', com a estimativa de uma redução de 7,8% das horas de trabalho já no 2.º trimestre, o que equivale a 15 milhões de empregos em período integral.
"É uma queda extraordinária", disse o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, citado pelo El País. Pior do que a Europa só os Estados Árabes, onde a queda andará em torno dos 8,1%.
A OIT estima que quatro em cada cinco trabalhadores tenham sido afetados pela suspensão total ou parcial dos seus empregos, no contexto da epidemia de covid-19, que impôs o confinamento social.
Foram ainda identificados os setores de atividade mais expostos ao risco: alojamento e restauração, manufatura, comércio e atividades comerciais e administrativas.
A atualização da OIT - que divulgou um primeiro relatório em 18 de março - estima que 38% da força de trabalho global (1,25 mil milhões de trabalhadores) esteja empregada nos setores de maior risco, já com aumentos "drásticos e devastadores" nos despedimentos e na diminuição de salários e horas de trabalho.