Ministro do Ambiente subscreve apoio a "recuperação verde" da economia

O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, é uma das 180 personalidades que subscrevem uma carta aberta publicada hoje em vários jornais da União Europeia propondo uma "aliança europeia para uma recuperação verde" pós crise da covid-19.

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Lusa
14/04/2020 11:36 ‧ 14/04/2020 por Lusa

Economia

Covid-19

 

"Não venceremos a batalha contra a covid-19 sem uma sólida resposta económica", salientam os subscritores, incluindo, para além de Matos Fernandes, o presidente da EDP, António Mexia e o eurodeputado socialista Carlos Zorrinho.

"Exortamos a uma aliança global transversal à política, decisores políticos, líderes empresariais e financeiros, organizações patronais e sindicais, Organizações Não Governamentais, grupos de reflexão, partes interessadas, visando apoiar e concretizar a execução de Pacotes de Investimento para a Recuperação Verde, atuando como catalisadores para a transição para a neutralidade climática e ecossistemas saudáveis. Deste modo, comprometemo-nos a trabalhar em conjunto, partilhar conhecimento, experiência específica e criar sinergias para proporcionar as decisões de investimento que necessitamos", lê-se na carta aberta, que salienta também que "o grande choque para a economia criado pela pandemia exige uma forte resposta económica coordenada".

Para os subscritores da carta "não está em causa criar uma economia do zero. Estão já ao dispor todos os instrumentos e muitas das tecnologias. Ao longo dos últimos dez anos alcançaram-se progressos tremendos em muitos setores em transição, desenvolvendo novas tecnologias e cadeias de valor, reduzindo de forma dramática o custo da transição".

Os signatários defendem que a recuperação económica só será conseguida "com investimentos maciços para proteger e criar empregos e para apoiar todas as empresas, regiões e setores que sofreram uma paragem súbita da economia".

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 117 mil mortos e infetou quase 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Dos casos de infeção, cerca de 402 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 962 mil infetados e cerca de 80 mil mortos, é o que regista o maior número de casos, e a Itália é o segundo país do mundo com mais vítimas mortais, contando 20.465 óbitos e mais de 159 mil casos confirmados.

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