Além disto, dos 217 destinos em todo o mundo, 156 (72%) pararam completamente o turismo internacional, de acordo com o último estudo divulgado hoje pela Organização Mundial Turismo (OMT) com dados recolhidos a partir de 27 de abril.
Por região, 83% dos destinos na Europa fecharam completamente as fronteiras do turismo internacional, enquanto na América a percentagem é de 80%, na Ásia e no Pacífico de 70%, no Médio Oriente de 62% e em África de 57%.
Em 25% dos destinos, as restrições estão em vigor há pelo menos três meses, enquanto em 40% começaram há pelo menos dois meses, afirma a OMS no relatório, que reflete as medidas adotadas desde o final de janeiro, quando a propagação da covid-19 foi declarada Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (PHEIC) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Entre os dados mais significativos, a OMS destaca num comunicado que "até agora nenhum destino levantou ou facilitou as restrições de viagens".
Segundo o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, o turismo foi o setor "mais atingido por esta crise porque os países fecham fronteiras e as pessoas ficam em casa".
Por esse motivo, a agência especializada em turismo das Nações Unidas apelou aos Governos para "facilitarem, de maneira coordenada, o levantamento das restrições, no momento apropriado e de maneira responsável, quando for considerado seguro".
O turismo é "a salvação para milhões de pessoas, especialmente nos países em desenvolvimento", e a reabertura do mundo para viajar "economizará empregos, protegerá os meios de subsistência e permitirá que o setor retome o seu papel vital na promoção do desenvolvimento sustentável", sublinhou.
A organização lembrou que trabalha "em estreita colaboração" com outras organizações internacionais, governos nacionais e o setor privado, a fim de promover a recuperação do turismo "de maneira responsável no momento oportuno".
Nas últimas duas semanas, o secretário-geral da OMT dirigiu-se aos ministros do G20 e à Comissão Europeia, "apostando no turismo como uma prioridade na agenda dos países, à medida que tentam recuperar da crise".