Empresa Avipronto na Azambuja reabre com 10% dos trabalhadores

A empresa de produtos alimentares Avipronto, em Azambuja, encerrada há uma semana devido a casos de covid-19, retomou hoje a laboração com 10% dos 300 trabalhadores e um reforço da higienização, adiantou o presidente do conselho de administração.

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Lusa
11/05/2020 16:25 ‧ 11/05/2020 por Lusa

Economia

Covid-19

"Foi-nos dada uma lista com aquelas pessoas que estavam em condições para poder reabrir e deram-nos uma listagem com 150 pessoas, das 300 que temos. Como queremos levar isto de forma gradual, decidimos abrir com 30 trabalhadores", disse o presidente do conselho de administração da Avipronto.

Luís Vieira falava aos jornalistas após uma reunião com o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, que coordena à resposta à covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo, a Câmara de Azambuja, autoridades de saúde e representantes das empresas da Plataforma Logística de Azambuja, para discutir os casos da covid-19 que surgiram na zona.

A Avipronto, situada naquela plataforma, no distrito de Lisboa, tinha fechado no dia 02 de maio, depois de terem sido detetados 38 casos positivos de infeção pelo novo coronavírus entre os funcionários, para se realizarem testes a todos os cerca de 300 trabalhadores.

Luís Vieira referiu que a empresa reforçou a higienização de todo a área de operação, que vai continuar a medir a temperatura a todos os trabalhadores, agora divididos em dois turnos.

Questionado sobre a posição do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB), que disse que os trabalhadores da indústria da carne "deviam ter sido protegidos e não foram", o responsável da Avipronto ressalvou que tal não se aplica à sua empresa.

"Todos eles têm máscara, óculos ou viseira, fato protetor, um avental, botas higienizadas", exemplificou, acrescentando que a ideia de testar todos os trabalhadores partiu da administração.

A esse propósito, Luís Vieira disse que solicitou à Direção-Geral da Saúde (DGS) que fosse feito um novo teste aos trabalhadores que tiveram um primeiro teste negativo.

O presidente da Avipronto defendeu ainda a necessidade de existir um reforço do transporte ferroviário, de forma a evitar aglomerações, e uma maior fiscalização, para prevenir comportamentos de risco.

"Muitas destas empresas trabalham em turnos. É necessário que durante a noite haja uma regularidade em termos de comboios, que permitam às empresas desenvolver a sua atividade. Também é preciso que faça em segurança e haja fiscalização", defendeu.

Portugal regista hoje 1.144 mortes relacionadas com a covid-19, mais nove do que no domingo, e 27.679 infetados, mais 98, segundo o boletim da DGS.

Em comparação com os dados de domingo, em que se registavam 1.135 mortos, hoje constatou-se um aumento de óbitos de 0,8%.

Relativamente ao número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus (27.679), os dados revelam que há mais 98 casos do que no domingo (27.581), representando uma subida de 0,4%.

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