INE revê queda do PIB em alta. Economia contraiu 2,3% no 1.º trimestre
Número representa uma revisão ligeiramente em alta face à contração de 2,4% antecipada em meados de maio. Os efeitos da pandemia já se fizeram sentir no primeiro trimestre, especialmente em março, último mês desse período.
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Economia PIB
O produto interno bruto (PIB) caiu 2,3% nos primeiros três meses do ano, já contabilizando parte dos efeitos da pandemia, que se fizeram sentir principalmente em março, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta sexta-feira. Este número representa uma revisão ligeiramente em alta face às estimativas divulgadas no dia 15 de maio.
"No 1.º trimestre de 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) registou uma taxa de variação homóloga de -2,3%, em volume, após o aumento de 2,2% no trimestre anterior. A contração da atividade económica refletiu o impacto da pandemia Covid-19 que se fez sentir de forma significativa no último mês do trimestre", pode ler-se no relatório do INE.
A agência de estatísticas explica que o "contributo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB passou de positivo no 4.º trimestre a negativo (de 1,1 pontos percentuais (p.p.) para -1,3 p.p.), observando-se uma diminuição mais intensa das 'exportações de bens e serviços' (-4,9%) que a observada nas Importações de 'bens e serviços' (-2,0%). A procura interna apresentou um contributo negativo (-1,1 p.p)".
A estimativa rápida do INE, divulgada a 15 de maio, apontava para uma queda homóloga de 2,4% e de 3,9% em cadeia.
Nessa altura, o INE advertiu que seria "possível que ocorram revisões de magnitude superior ao habitual em divulgações futuras atendendo a perturbações no processo de obtenção dos dados", devido à pandemia da Covid-19, algo que entretanto não se verificou.
Os analistas consultados pela agência Lusa antecipavam uma recessão entre os 2,7% e os 5% em termos homólogos no primeiro trimestre, pelo o número revelado esta sexta-feira fica abaixo das previsões.
No conjunto do ano, a Comissão Europeia estima uma recessão de 6,8% em Portugal, enquanto o Fundo Monetário Internacional antecipa uma quebra económica de 8%. O Governo ainda não atualizou as projeções macroeconómicas.
[Notícia atualizada às 11h26]
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