"Defendemos que estes documentos estruturantes devem priorizar claramente a área da proteção social não se cingindo ao momento imediato de resposta à covid-19, mas antes, definindo um horizonte temporal mais vasto", assumiu a central sindical numa resolução.
O documento foi aprovado numa reunião do Secretariado Nacional da UGT, que considerou que "o mercado de trabalho vai enfrentar muitos e extensos desafios, incluindo alterações na própria prestação do trabalho, que devem merecer uma atenção especial por parte das políticas publicas".
A necessidade de reforço do investimento no Serviço Nacional de Saúde e noutros serviços públicos, como a Segurança Social, a justiça e a educação, foi também defendida pela UGT, que considerou que estas matérias foram quase ignoradas nos dois documentos do Governo.
"Estes documentos deixam ainda bem evidentes algumas das injustiças e fragilidades da resposta a esta crise para as quais a UGT tem vindo sistematicamente a alertar. Basta atentarmos nos valores que foram apontados para as medidas de apoio às empresas e os que foram apontados para os apoios às pessoas para se verificar o forte desequilíbrio existente nas prioridades definidas pelo Governo", acrescentou.
Na resolução aprovada, o Secretariado Nacional da UGT reafirmou que pretende trabalhar no âmbito da Concertação Social e na negociação coletiva, no sentido de "salvaguardar e valorizar os direitos e rendimentos dos trabalhadores, de forma a pôr cobro ao agravamento da pobreza e desigualdades que já verificam".