"Esta é a grande oportunidade para estes territórios e nós valorizarmos estes quatro subdestinos: Porto, Douro, Minho e Trás-os-Montes. Os holofotes foram colocados nesta região e esta é a oportunidade para mostrar aquilo que têm de melhor", salientou Luís Pedro Martins.
Em declarações à Lusa, no seguimento de uma visita, promovida pelo TPNP, por vários locais de interesse da região, Luís Pedro Martins defendeu que esta é a altura dos portugueses "darem a atenção que estas regiões merecem".
"Se calhar, está na hora de os portugueses voltarem também a olhar para o país fantástico que têm e perceberem que conseguem fazer dentro do nosso território férias inesquecíveis", referiu, acrescentando que a par da gastronomia e paisagens, a região contempla "segurança, natureza, tranquilidade, privacidade e experiências diversificadas".
Com a retoma de algumas atividades turísticas, unidades de alojamento "diversificado" e restaurantes, o presidente do TPNP considerou que esta é a "oportunidade dos portugueses perceberem porque é que a região recebeu prémios tão importantes e os estrangeiros a visitam em tão grande número".
Apesar das quebras sentidas pelos diversos setores de atividade durante os últimos dois meses, Luís Pedro Martins acredita que o setor "vai conseguir sair desta crise" dada a sua "resiliência".
"O setor do turismo soube sempre rapidamente sobreviver e daí estar otimista para acreditar que, não havendo uma segunda vaga do novo coronavírus e se no início de 2021 for descoberta uma vacina, na Páscoa do próximo ano poderemos estar a regressar à normalidade", afirmou.
Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Santa Marta de Penaguião, Luís Machado, afirmou que a situação provocada pela covid-19, apesar de difícil, "só poderá ser superada com a colaboração de todos".
"Estamos a virar as nossas atenções para os portugueses e dar-lhes a oportunidade de conhecerem o que de bom se faz cá", referiu, dando como exemplo a Rota da Estrada Nacional, que no último ano foi percorrida por mais de 70 mil viajantes.
"A Estrada Nacional n. º2 é um produto turístico que se enquadra nestes tempos e limitações da covid-19 e, ao mesmo tempo, uma forma segura dos portugueses conhecerem o seu país", salientou.
Também o vice-presidente da Câmara Municipal de Lamego, António Alves da Silva, defendeu que este "é o momento" para a região se afirmar como "destino seguro".
"Alguma vez os territórios de baixa densidade deveriam ter uma vantagem sobre o litoral e é exatamente este o momento. O Douro, que foi muito pouco afetado pela pandemia em termos de casos e incidência epidemiológica, pode afirmar-se como um destino seguro", defendeu.
Já o presidente da Câmara Municipal de São João da Pesqueira, Manuel Cordeiro, avançou que, nos últimos três dias, vários empreendimentos da região estão já a receber reservas para os próximos meses, considerando esta resposta "um bom sinal".
Por sua vez, Artur Nunes, presidente da Câmara de Miranda do Douro, sublinhou que este é "um território especial" e que, além da proximidade com a fronteira, atrai um turismo "muito específico e diferenciado", sobretudo, que procura "património cultural material e imaterial".
Em Portugal, morreram 1.383 pessoas das 31.946 confirmadas como infetadas, e há 18.911 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
*** A Lusa viajou a convite do Turismo do Porto e Norte de Portugal ***