"Face à redução de encomendas, devido pandemia covid-19, a fábrica da Lauak em Setúbal, com 531 trabalhadores, avançou com um processo de despedimento coletivo que abrangia inicialmente 197 funcionários, mas depois reduziu esse número para 164 e, na passada quinta-feira, para 161 trabalhadores, disse à agência Lusa fonte do SITESUL - Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul.
Na outra unidade industrial da Lauak no distrito de Setúbal, em Grândola, com cerca de 170 trabalhadores, a multinacional da indústria aeronáutica também se propunha fazer um despedimento de 52 trabalhadores, mas já reduziu esse número para 36.
Em comunicado conjunto, o SITESUL e o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) sublinham a redução do número de trabalhadores abrangidos pelos processos de despedimento coletivo e a melhoria das contrapartidas que são oferecidas aos trabalhadores que vão ser despedidos.
"Foi possível minimizar o número de trabalhadores integrados nestes processos, tendo sido possível na empresa de Grândola reduzir o número de trabalhadores incluídos no despedimento coletivo de 52 para 36 trabalhadores, e na empresa de Setúbal reduzir de 197 para 161 trabalhadores", refere o comunicado, que também lamenta a perda de postos de trabalho.
"Continuamos a considerar que qualquer perda de posto de trabalho é de lamentar e representa uma perda dos rendimentos familiares, em muitos casos já frágeis, do trabalhador alvo do despedimento, pelo que, nunca poderemos concordar com estes processos de despedimento coletivo e continuaremos a desenvolver todas as ações que se considerem necessárias para reverter o processo", acrescenta o documento.
A administração da Lauak não presta declarações sobre o processo de despedimento coletivo em curso.