"Ao dia de hoje não temos resposta a todas essas questões [sobre a nova equipa de gestão da TAP], sobre quando teremos uma nova equipa e quando é que essa equipa de transição assumirá funções", começou por referir o ministro, para precisar, no entanto, que o atual presidente executivo da companha aérea "terá de ser subsitituído".
Falando na conferência de imprensa em que foi anunciado que o Governo chegou a acordo com os acionistas privados da TAP passando a deter uma participação de 72,5% na companhia área, o ministro disse ainda que a permanência de Antonoaldo Neves na empresa "não faria sentido", tendo em conta que o acordo hoje alcançado formaliza a saída do acionista responsável pela contratação do gestor, o empresário David Neeleman.
Com o acordo alcançado, o Estado reforça na empresa, com a aquisição da participação de David Neeleman, por 55 milhões de euros, de 50% para 72,5%.
Questionado sobre se já há um nome para subsitituir Antonoaldo Neves, Pedro Nuno Santos referiu que o Governo já "iniciou o processo de reflexão".
Questionado também sobre se os restantes elementos da Comissão Executiva da TAP se manterão em funções, durante o período de transição e até que seja recrutada uma equipa qualificada e especializada, o ministro não avançou detalhes.
"Teremos uma solução transitória que será anunciada em momento próprio. Neste momento dizemos apenas que o CEO sai", precisou.
Pedro Nuno Santos explicou que o plano do Governo passa por contratar uma empresa para procurar no mercado internacional uma equipa de gestão qualificada para a TAP.
"O Estado não vai gerir a TAP. Faremos um processo de seleção contratando uma empresa que tem no quadro da sua atividade procurar no mercado internacional uma equipa qualificada para gerir a TAP", precisou o ministro.
"A TAP precisa de uma gestão qualificada e a TAP terá uma gestão qualificada", referiu.
Depois deste acordo, o Estado fica com 72,5% da TAP, o empresário Humberto Pedrosa 22,5% e os trabalhadores os restantes 5%.