Esta insistência foi feita depois de o parlamento ucraniano ter ratificado na sexta-feira a saída do respeitado presidente do banco central, que tinha apresentado a sua demissão denunciando "pressões políticas".
Em comunicado, a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, afirmou: "É do interesse da Ucrânia preservar a independência do BNU e é também uma exigência do programa atual apoiado pelo FMI".
Por seu lado, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky procurou tranquilizar o FMI, sublinhando que "a continuação da cooperação com o FMI no quadro de um novo programa é uma prioridade importante para a Ucrânia", segundo um comunicado da presidência.
Um novo candidato para dirigir o banco central vai ser escolhido em função "do seu profissionalismo, da sua integridade e da sua reputação impecável", e apresentado no parlamento "até ao fim da semana", disse também Zelensky.
A demissão de Iakiv Smolii, que dirigia o banco central desde há dois anos, inquietou ocidentais e empresários ucranianos, por recearem que entravasse o financiamento do FMI.
Aos deputados, Smolii explicou a sua decisão se deveu a "pressões políticas sistémicas" que pretendiam que o banco central tomasse "decisões que não eram fundadas economicamente" e que "arriscavam sair caras à economia nacional e à Ucrânia".
O FMI aprovou em 09 de junho um programa de ajuda à Ucrânia de cinco mil milhões de dólares, atribuindo imediatamente 2,1 mil milhões.