Taxa de desemprego subiu para 7%. Quantos empregos a pandemia destruiu?
Em comparação com fevereiro (altura em que a população empregada era de 4.838,6 mil), antes da Covid-19 chegar a Portugal, houve uma diminuição de 180,7 mil empregos, que foram 'destruídos' pela pandemia.
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Economia Desemprego
A taxa de desemprego terá subido para 7% em junho, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta quarta-feira. A taxa de subutilização de trabalho - que inclui a população desempregada, o subemprego de trabalhadores involuntariamente a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis para trabalhar, e os inativos disponíveis, mas que não procuraram emprego - terá crescido para 15,4% no mesmo mês.
"Para o aumento mensal da taxa de subutilização do trabalho neste mês, ao contrário do sucedido nos meses anteriores, contribuiu exclusivamente o aumento do número de desempregados e do subemprego de trabalhadores a tempo parcial, já que diminuiu o número dos inativos à procura de emprego mas não disponíveis para trabalhar e o de inativos disponíveis mas que não procuram emprego", pode ler-se no relatório do INE.
A taxa de desemprego - pelo conceito da Organização Internacional do Trabalho (OIT) - situou-se em 7,0% em junho, mais 1,1 p.p. que no mês precedente, mais 0,8 p.p que há três meses e mais 0,4 p.p. que há um ano. Em maio, a taxa de desemprego foi de 5,9%, de acordo com o INE.
A taxa de desemprego dos jovens foi estimada em 25,6% em junho, a que corresponde um aumento de 4,2 p.p. relativamente à taxa de maio de 2020. Já a taxa de desemprego dos adultos foi estimada em 5,7% e aumentou 0,9 p.p. em relação ao mês anterior.
Pandemia destruiu 180 mil empregos
Olhando para a população empregada, o INE estima que em junho tenha sido de 4.657,9 mil pessoas, o que significa um acréscimo ligeiro de 0,1% face ao mês anterior. Em comparação com fevereiro, antes da Covid-19 chegar a Portugal, houve uma diminuição de 180,7 mil empregos, que foram 'destruídos' pela pandemia.
"A evolução do mercado de trabalho continua a ser marcada pelo impacto da pandemia Covid-19. Entre fevereiro e maio (estimativa definitiva), assistiu-se a uma forte redução do emprego de 3,8%. No entanto, essa redução não foi acompanhada por um aumento na taxa de desemprego (definição OIT), tendo até diminuído nesse período 0,5 pontos percentuais (p.p.)", pode ler-se no relatório do INE, confirmando assim os resultados divulgados no início do mês.
O Governo prevê uma taxa de desemprego este ano de 9,6% e de 8,7% em 2021, segundo o cenário macroeconómico que integra o Programa de Estabilização Económica e Financeira.
Em 2019, a taxa de desemprego foi de 6,5%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) citados no documento.
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