Há cada vez mais portugueses que optam por aderir a contas de serviços mínimos bancários. Os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP), esta quinta-feira, revelam que as chamadas contas 'low-cost' cresceram 13,4% até junho, para 117.491, comparando com o final do ano passado. Em comparação com o mesmo semestre do ano passado o aumento é de 49,2%.
"No primeiro semestre de 2020, foram abertas 15.529 contas de serviços mínimos bancários, das quais 78,5% resultaram da conversão de uma conta de depósito à ordem existente na instituição de crédito (80,4% em 2019)", pode ler-se no relatório do BdP.
No final de junho, existiam 5.302 contas de serviços mínimos bancários de titulares com mais de 65 anos ou um grau de invalidez igual ou superior a 60% contituladas por detentores de outras contas de depósito à ordem. Existiam também 1.313 contas de serviços mínimos bancários cujos titulares eram contitulares de outras contas serviços mínimos bancários (detidas por pessoas com mais de 65 anos ou um grau de invalidez igual ou superior a 60%).
Por outro lado, as instituições reportaram o encerramento de 1.666 contas de serviços mínimos bancários nos primeiros seis meses do ano, das quais 85,2% foram encerradas por iniciativa do cliente.
Evolução do número de contas de serviços mínimos bancários© Reprodução do site do Banco de Portugal
O que são os serviços mínimos bancários?
As contas de serviços mínimos bancários incluem um conjunto de serviços bancários considerados essenciais que os cidadãos têm direito a adquirir a um custo reduzido.
O valor anual máximo da comissão cobrada pelos serviços mínimos bancários é de 1% do indexante dos apoios sociais (IAS), ou seja, 4,38 euros, de acordo com o IAS de 2020.
Qualquer pessoa singular pode aceder aos serviços mínimos bancários se não for titular de uma conta de depósito à ordem ou se detiver uma única conta de depósito à ordem, a qual pode ser convertida numa conta de serviços mínimos bancários.
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