A "atualização remuneratória de valor igual ao da inflação esperada para 2021 e do valor do subsídio de refeição para cinco euros", assim como de todas as pensões, consta de uma proposta reivindicativa alargada que o STE enviou na terça-feira ao Governo "no âmbito das negociações com vista à elaboração do próximo Orçamento de Estado".
Este ano, os trabalhadores da administração pública tiveram uma atualização salarial de 0,3% e o subsídio de refeição passou para 4,77 euros.
De acordo com uma nota de imprensa do sindicato, o caderno reivindicativo para o próximo ano "teve em conta a grave crise que o país atravessa em consequência da pandemia" de Covid-19, e propõe "um conjunto de medidas que, certamente, contribuirão para uma mais justa redistribuição da riqueza".
O STE salientou que a pandemia trouxe uma recessão económica que aumentou a taxa de desemprego e deteriorou os rendimentos do trabalho.
O sindicato lembrou que os salários da função pública não eram aumentados desde 2009 e afirmou que esse congelamento "representou ainda uma quebra homóloga real de 12,6% na última década".
Na sua proposta reivindicativa, o STE/Frente Sindical propôs ao Governo o recrutamento de novos trabalhadores, para permitir o rejuvenescimento, qualificação e a inovação da Administração Pública.
A revisão das carreiras ainda não revistas é outra das reivindicações, nomeadamente a de Técnica Superior de Saúde, nos seus vários ramos, e de informática.
O STE defende ainda a revisão ou revogação do atual sistema de avaliação de desempenho e um maior investimento tecnológico e digital nas instituições públicas.
A Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) apresentou na terça-feira a sua proposta reivindicativa para o próximo ano, que prevê que os funcionários públicos tenham aumentos salariais de pelo menos 1,1% em 2021.