O consumo de eletricidade ainda ficou "abaixo dos níveis normais" na União Europeia (UE) em junho, num mês já marcado pelo desconfinamento, de acordo com os dados divulgados pelo Eurostat, esta segunda-feira. A redução na UE foi de 7,6% face ao mês de junho com o registo mais baixo entre 2016 e 2019 e em Portugal foi de 7,8%.
A redução do consumo de eletricidade, justifica a agência de estatísticas, está relacionada com as "medidas restritivas para abrandar a propagação da Covid-19", tais como o fecho de escolas, restaurantes, bares e hotéis.
Além disso, "muitas empresas reduziram os níveis de produção por falta de procura ou por interrupção da cadeia de abastecimento", o que também justifica a queda do consumo de eletricidade.
Essas medidas começaram, porém, a ser levantadas em maio e junho já foi um mês de regresso à normalidade possível, ainda que o consumo de energia não tenha recuperado logo o patamar pré-pandemia.
Os dados do Eurostat revelam que o consumo total de eletricidade da UE em junho de 2020 foi 7,6% inferior ao valor mais baixo num mês de junho registado entre 2016 e 2019. Em Portugal a redução foi de 7,8%, ligeiramente acima da média da UE.
EU’s electricity consumption still below normal levels #COVIDー19 In June 2020, it was 7.6% lower than the lowest June value recorded between 2016 and 2019For more information: https://t.co/nMwpDl4WKC pic.twitter.com/lDBafcHzAY
— EU_Eurostat (@EU_Eurostat) September 7, 2020
Sete Estados-membros (Dinamarca, Alemanha, Itália, Luxemburgo, Áustria, Portugal e Finlândia) revelaram uma redução no consumo de eletricidade de 5% a 10%, enquanto em oito a queda foi de entre 1% e 5% (Bélgica, Bulgária, República Tcheca, França, Hungria, Holanda, Romênia e Eslováquia). Na Letônia e na Lituânia, a situação permaneceu estável (até +1%) e os restantes países (Estônia, Irlanda, Malta e Suécia) relataram um aumento no consumo de eletricidade em comparação com o nível mais baixo de junho.
Em abril, a REN - Redes Energéticas Nacionais disse que o consumo de eletricidade e gás desceu 11,09% e 10,42%, respetivamente, em Portugal, desde 19 de março, depois de ser decretado o Estado de Emergência.