Pandemia 'atira' défice para 5,4% do PIB no 1.º semestre
Os dados foram divulgados pelo INE. "Considerando o conjunto do primeiro semestre de 2020, o saldo das AP fixou-se -5,4% do PIB em 2020, o que compara com -1,2% em igual período de 2019", pode ler-se no relatório do INE.
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Economia Défice
A pandemia do novo coronavírus levou a que o défice orçamental da primeira metade do ano tivesse subido para 5,4% do produto interno bruto (PIB), de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta quarta-feira.
No segundo trimestre do ano, período que ficou mais marcado pelas medidas para conter a propagação do novo coronavírus, o défice cresceu para 10,5%, segundo o INE.
"O saldo do setor das AP [Administrações Públicas] reduziu-se em 1,8 p.p. no ano terminado no 2.º trimestre de 2020, relativamente ao trimestre anterior, representando uma necessidade de financiamento das AP de 1,9% do PIB. Tomando como referência valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP foi negativo no 2º trimestre de 2020, atingindo –4.858,2 milhões de euros (-10,5% do PIB, o que compara com -2,2% no trimestre homólogo). Considerando o conjunto do primeiro semestre de 2020, o saldo das AP fixou-se -5,4% do PIB em 2020, o que compara com -1,2% em igual período de 2019", pode ler-se no relatório do INE.
Numa análise divulgada em 16 de setembro, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estimou que o défice orçamental em contabilidade nacional (a que é relevante para Bruxelas) tenha atingido 5,8% do PIB no primeiro semestre.
O Governo prevê para este ano um défice de 7,0%, segundo o reporte a Bruxelas hoje divulgado, acima dos 6,3% apontados no Orçamento do Estado Suplementar, mas em linha com a revisão anunciada em julho pelo ministro das Finanças.
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