Aumento extraordinário das pensões a partir de agosto custa 99 milhões

O aumento extraordinário das pensões mais baixas, pago a partir de agosto, custará 99 milhões de euros no próximo ano, segundo o relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).

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© REUTERS/Ciro de Luca

Lusa
13/10/2020 00:14 ‧ 13/10/2020 por Lusa

Economia

OE2021

Em 2020, o aumento extraordinário começou a ser pago em maio, com a entrada em vigor do Orçamento do Estado, com um custo estimado pelo Governo em 120 milhões de euros, abrangendo 1,9 milhões de pensionistas.

"No ano de 2021, o Governo procede a uma atualização extraordinária das pensões, com efeitos a partir de 01 de agosto", estabelece a proposta orçamental.

De acordo com a proposta do OE2021 entregue na segunda-feira no parlamento, "a atualização extraordinária é efetuada pelo valor de 10 euros por pensionista, cujo montante global de pensões seja igual ou inferior a 1,5 vezes o valor do indexante dos apoios sociais (IAS), ou 6 [euros] aos pensionistas que recebam, pelo menos, uma pensão cujo montante fixado tenha sido atualizado no período entre 2011 e 2015".

O valor do IAS é este ano de 438,81 euros e poderá ser atualizado em 2021.

Tal como nos anos anteriores, este aumento até seis e 10 euros incorpora o valor que resultar da atualização das pensões que normalmente é efetuada em janeiro, tendo em conta a inflação e o crescimento da economia.

"O valor da atualização regular anual, efetuada em janeiro de 2021, é incorporado no valor da atualização extraordinária", pode ler-se na proposta de OE2021.

São abrangidas pela atualização extraordinária as pensões de invalidez, velhice e sobrevivência atribuídas pela Segurança Social e as pensões de aposentação, reforma e sobrevivência do regime de proteção social convergente, atribuídas pela Caixa Geral de Aposentações (CGA).

Segundo o documento, a atualização extraordinária "é definida nos termos a regulamentar pelo Governo".

A atualização extraordinária em 2020 traduziu-se num aumento de 10 euros para os 1,3 milhões de pensionistas com pensões de valor até 1,5 Indexantes de Apoios Sociais (IAS), ou seja, até 658,2 euros, e de seis euros para os cerca de 600 mil reformados que recebam, pelo menos, uma pensão cujo montante fixado tenha sido atualizado no período entre 2011 e 2015.

A medida representa em 2020 uma despesa anual de 120 milhões de euros, segundo uma nota divulgada na altura pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Este é quarto ano em que as pensões de valor mais baixo têm um aumento extraordinário e que visa compensar os pensionistas com pensões de valor mais baixo e que não tiveram qualquer atualização nas reformas entre 2011 e 2015.

Em 2017 e 2018, as pensões tiveram um aumento extraordinário pago a partir de agosto e, em 2019, a medida entrou em vigor em janeiro.

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