De acordo com um boletim de tráfego da empresa pública Aeroportos e Segurança Aérea (ASA), ao qual a Lusa teve hoje acesso, os aeroportos de Cabo Verde receberam em outubro 738 aeronaves (-73,7% face a 2019) e 22.805 passageiros em embarques, desembarques e trânsito (-89,1% face a 2019).
Apesar da recuperação do movimento que se registou todos os meses depois da suspensão em finais de março dos voos domésticos (até 15 de julho) e dos voos internacionais comerciais (até 12 de outubro), para conter a transmissão da covid-19, os aeroportos de Cabo Verde atingiram, nos dez meses de 2020, uma quebra de passageiros de 68,5%, face ao anterior.
De janeiro a outubro de 2019, o movimento em embarques, desembarques e trânsito ascendeu a 2.273.542 passageiros, mas caiu no mesmo período de 2020 para 715.840.
Trata-se de uma quebra de 1.557.702 passageiros face a 2019.
O Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, a mais turística de Cabo Verde e que tem registado um movimento anual acima de um milhão de passageiros, contou em outubro com apenas 297 pessoas transportadas em voos internacionais e 2.035 em voos domésticos. No mesmo mês de 2019, o aeroporto tinha movimentado um total de 91.059 passageiros.
Cabo Verde tem quatro aeroportos internacionais, nas ilhas de Santiago, do Sal, da Boa Vista e de São Vicente, e três aeródromos, nas ilhas de São Nicolau, Maio e Fogo, todos operados pela ASA.
A economia de Cabo Verde depende essencialmente do Turismo, com um peso direto de cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) e um recorde de 819 mil turistas em 2019.
Desde finais de março que o arquipélago praticamente não tem atividade turística, com o Governo a estimar a duplicação da taxa de desemprego até dezembro, para quase 20%.
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