O empresário Mário Ferreira tinha até hoje para lançar uma OPA obrigatória sobre a Media Capital, decorrente da decisão da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que considerou haver concertação entre a espanhola Prisa e a Pluris Investments.
"A contrapartida oferecida pelas ações objeto da oferta, a pagar em numerário, será a que resultar da determinação do auditor independente acrescida de 2%, desde que não inferior a 67 cêntimos caso em que será este o valor da contrapartida, em conformidade com os termos da deliberação e o disposto nos artigos 185.º, n.º 5, e 188.º, ambos do CdVM [Código de Valores Mobiliários]", lê-se no comunicado enviado à CMVM.
No seguimento da OPA lançada pela Cofina sobre a totalidade da Media Capital, em 12 de agosto, foi solicitado à Ordem dos Revisores de Contas a nomeação de um auditor independente para fixação da contrapartida mínima.
A definição final desta contrapartida encontra-se, assim, dependente do resultado da avaliação do auditor independente.
A Pluris Investments comprou 30,22% da Media Capital em maio, por 10,5 milhões de euros.
"A oferta tem por objeto a totalidade das ações representativas do capital social e dos direitos de voto da sociedade visada, com exclusão das que sejam diretamente detidas pela oferente", refere a Pluris.
"Deste modo, a oferta tem por objeto a totalidade das ações e dos correspondentes direitos de voto, representativas de 69,78% do capital social da sociedade visada", acrescenta.
"A oferta é lançada por imposição regulatória, na sequência da deliberação, sem prejuízo do que, em caso de aumento da participação atualmente detida pela oferente [Pluris] na sociedade visada [Media Capital] a oferente dará continuidade à atividade daquela, ao seu objeto social e, bem assim, das sociedades que com a sociedade visada se encontrem em relação de domínio ou de grupo", refere a Pluris, no comunicado.
Mário Ferreira é desde terça-feira presidente do Conselho de Administração da dona da TVI.