Na atualização da notação, a Axesor explica que a redução das perspetivas económicas se deve ao impacto que a crise sanitária está a ter na economia portuguesa altamente dependente do setor terciário (serviços) e turismo.
A empresa sublinha que a economia portuguesa só irá recuperar em 2023 dos níveis do nível que tinha antes da crise provocada pela pandemia de covid-19 iniciada em março de 2020.
A Axesor estima que o défice orçamental se agrave para 7,3% e que o nível da dívida pública atinja um "máximo histórico" de 135%.
"Apesar do choque económico, Portugal mantém a força do seu mercado de trabalho, com uma taxa de desemprego estimada no final de 2021 de 7,7% e 6,0% em 2022.
A notação "valoriza a notável melhoria no sistema financeiro português", bem como o papel que a banca, "mais capitalizada, com maiores níveis de qualidade de ativos e liquidez", terá no processo de recuperação.
A empresa sublinha que esta classificação "não foi solicitada" pelo Estado português, o que indica a independência da nota atribuída.
Depois da última crise financeira muitas instituições puseram em causa a independência das empresas de notação em relação aos Estados que pagavam para que essas classificações fossem publicadas.
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