"Temos a noção que o impacto do termo das moratórias vai ser importante e, por isso, estamos a discutir com o Banco de Portugal, com a Associação Portuguesa de Bancos", disse o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, que falava no 'webinar' "O Estado do Turismo", promovido pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP).
Em relação às moratórias concedidas às empresas, no âmbito dos apoios para fazer face às dificuldades criadas pela pandemia, Siza Vieira avançou que pode estar em cima da mesa "eventualmente, uma extensão de maturidades", mas que é algo que tem de se ver "se se justifica" e em que condições.
"Vamos precisar de lançar instrumentos de capitalização das empresas. [...] Aquilo que é importante, ao sairmos desta crise, é termos uma situação em que as empresas não estejam sobrecarregadas com dívida", referiu o governante, reconhecendo que o reforço dos instrumentos de capital terão de vir "em grande parte" do setor público.
Entre os vários instrumentos de capitalização, que ainda estão a ser preparados, Siza Vieira destacou também o de dívida convertível, ou de empréstimos participativos, "que permitam às empresas reforçar capitais próprios e reduzir o nível de endividamento.
As moratórias de crédito foram estendidas até 30 de setembro deste ano, para a maior parte das empresas dos setores mais afetados pela pandemia de covid-19, como o turismo.
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