Na apresentação de resultados do banco público 2020, o gestor deu conta da execução deste plano, que entrou em vigor em 2017, no qual foram cumpridos quase todos os objetivos, exceto a venda das unidades do Brasil e de Cabo Verde.
Entre as metas cumpridas, destacam-se os "níveis de rentabilidade adequados, mesmo no cenário adverso da crise pandémica", o aumento dos níveis de eficiência e a "melhoraria a qualidade dos ativos em balanço, com a redução dos ativos não core (59%), redução dos NPL [crédito em incumprimento] (NPL líquido de imparidades de 0,1% convergindo com a média europeia) e melhoria da qualidade global da carteira de crédito e garantias associadas", lê-se na apresentação divulgada por Paulo Macedo.
A CGD simplificou ainda a estrutura do grupo, apresentando agora menos 44 entidades em consolidação e focou "a presença internacional nos mercados e geografias estratégicas", mantendo-se em sete países.
Quanto à unidade do Brasil, Paulo Macedo referiu que a CGD continua a tentar vender este ativo "por um valor que ache adequado", recordando não foi esse o caso no anterior processo e garantindo que vai "diligenciar" a reabertura deste processo mal seja possível.
No caso da venda de Cabo Verde, "o processo está em curso, não está parado", indicou, sem avançar mais detalhes.
A CGD registou lucros de 492 milhões de euros em 2020, menos 37% do que os 776 milhões de euros registados em 2019, divulgou hoje o banco público.
No início da apresentação de resultados, o presidente não executivo do Conselho de Administração, Emílio Rui Vilar, anunciou o resultado líquido consolidado do grupo CGD, que registou 309 milhões de euros em provisões devido à pandemia de covid-19.
A operação do grupo em Portugal contribuiu com 399 milhões de euros para o resultado líquido consolidado.
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