UE deve "aguardar" entrada de Trump, mas "está preparada" para trabalhar

O ministro português das Finanças disse esta segunda-feira que a União Europeia deve aguardar a entrada em funções do novo Presidente norte-americano, Donald Trump, para conhecer as suas políticas, nomeadamente comerciais, garantindo porém preparação para cooperar com Estados Unidos.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
20/01/2025 15:00 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

Miranda Sarmento

"Nós primeiro temos de esperar, de forma serena, para aquilo que serão as decisões da administração Trump, que hoje toma posse. Veremos nas próximas semanas e nos próximos meses que decisões são essas em variadíssimas áreas, incluindo também aquela que referiu sobre política comercial, se será mais uma política comercial mais agressiva só com a China ou se irá também incluir a Europa, que tipo de produtos, que tipo de bens que são exportados para os Estados Unidos e bens que os Estados Unidos exportam para a Europa. Portanto, eu creio que é cedo", disse Joaquim Miranda Sarmento.

 

Falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas à entrada para a reunião do Eurogrupo, no dia em que Donald Trump toma posse como novo Presidente norte-americano, o ministro português da tutela indicou que "a Europa está preparada para continuar a colaborar com os Estados Unidos, a ter com os Estados Unidos uma parceria estratégica de décadas".

"O principal foco da Europa deve ser os seus próprios problemas internos, a sua baixa produtividade, a sua falta de competitividade, o 'gap' [fosso] de produtividade face aos Estados Unidos, que alargou substancialmente nos últimos 20 anos e, portanto, a Europa precisa de olhar para os seus problemas de produtividade, competitividade, inovação, criação de valor, de serviços financeiros, entre outros, e estabelecer a melhor parceria possível com os Estados Unidos", adiantou o governante.

Já sobre uma eventual meta de alocar 5% do Produto Interno Bruto (PIB) para a área da Defesa, no âmbito da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Joaquim Miranda Sarmento argumentou que, "em poucos anos, não é fazível".

"Até porque a maior parte dos países europeus, como sabemos, têm situações orçamentais muito difíceis, com défice elevado, no caso de França, [...] mesmo a Alemanha, e, portanto, esses países também têm margens orçamentais para atuar ainda mais reduzidas do que a margem orçamental de Portugal", concluiu.

O republicano Donald Trump, de 78 anos, foi vencedor das eleições presidenciais de novembro de 2024 nos Estados Unidos e vai hoje iniciar funções, mas na União Europeia surgem já receios de que as relações transatlânticas sejam afetadas e sofram retrocessos, como aconteceu aquando da sua última administração.

Leia Também: "Boa consciência". Biden concede "indulto preventivo" a críticos de Trump

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