O presidente da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME), Jorge Pisco, disse, em entrevista à Renascença, que a situação dos empresários em Portugal é "dramática" e acredita que mais de 20% dos empresários já não estão a pagar salários, apontando dificuldades no acesso e no atraso dos apoios do Estado.
"Com esta situação de dificuldade de acesso aos apoios, com os atrasos dos apoios - a não serem alterados os critérios e a forma dos apoios chegarem e da aplicação dos mesmos - quando o confinamento acabar as empresas estão moribundas. Não encerram, estão mortas", referiu Jorge Pisco.
O presidente da CPPME considera que não basta que sejam anunciados apoios, é preciso que os mesmos cheguem às empresas.
"Não basta o ministro das Finanças ir ao Parlamento anunciar que é necessário apoiar a economia. O que se tem vindo a verificar é que o ministério da Economia anuncia medidas, depois o ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social regulamenta os apoios, e no fim o ministro das Finanças fecha a torneira", adiantou.
Leia Também: Apoiar Rendas. Entidades públicas vão poder consultar dados de empresas