De acordo com o Boletim do Mercado Liberalizado de Eletricidade referente a janeiro de 2021, divulgado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, "o mercado livre alcançou um número acumulado superior a 5,3 milhões de clientes em janeiro de 2021, com um crescimento líquido de cerca de 5,6 mil clientes face a dezembro de 2020, o que representa um crescimento de aproximadamente 1,7% face ao mês homólogo".
Relativamente à intensidade de mudança de fornecedor de eletricidade ('switching'), o número de clientes que deixou a carteira do Comercializador de Último Recurso (CUR) para integrar uma carteira de comercializador em mercado continuou a ser inferior (cerca de 8%) ao número de consumidores que troca de comercializador já em regime de mercado.
Segundo a ERSE, isto consolida "a tendência crescente de mudanças de comercializador no quadro do mercado livre".
Em janeiro regressaram ao mercado regulado 105 clientes, aumentando para 1.480 o total de clientes domésticos que tomaram essa decisão desde janeiro de 2020.
Já a nível de consumo verificou-se um aumento de 77,4 gigawatts-hora (GWh) face a dezembro de 2020, atingindo 41.970 GWh no mercado livre, o que representa um acréscimo de 0,2% face ao mês anterior e uma diminuição de 3,4% face ao homólogo.
No mês em análise, o consumo no mercado livre representava 94,8% do consumo total registado em Portugal continental.
Os clientes domésticos representavam, em janeiro, cerca de 88% do consumo total de eletricidade no mercado livre, um ligeiro aumento face aos 87% registados no mesmo mês do ano passado.
Já em termos de quotas de mercados, a EDP Comercial manteve a sua posição como principal operador no mercado livre em número de clientes (75%) e em consumo (41%, mais um ponto percentual relativamente ao mês anterior), mas, face a dezembro, a sua quota diminuiu 0,2 pontos percentuais em número de clientes, mantendo a tendência de descida que se vem a registar desde janeiro de 2020.
Em janeiro, a Endesa continuava a liderar no segmento de clientes industriais (26%), aumentando a sua quota de mercado em 4,3 pontos percentuais face a dezembro, ao passo que o segmento dos grandes consumidores é liderado pela Iberdrola (26%), que viu a sua quota aumentar em 1,7 pontos percentuais face a dezembro de 2020.
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