"Os poucos apoios direcionados para os trabalhadores, como o 'lay-off', não têm servido para garantir efetivamente os postos de trabalho", alertou.
Alexandre Fernandes falava durante uma iniciativa de distribuição de panfletos alusivos à comemoração do 1.º de Maio, promovida pela USAM, no Funchal, que este ano integram uma marcha entre a Assembleia Legislativa da Madeira e o Jardim Municipal, onde terão lugar intervenções de dirigentes sindicais.
"A situação social é extremamente exigente, extremamente difícil, o desemprego aumenta e as perspetivas não são animadoras", declarou, reforçando: "A alternativa dos trabalhadores é lutar, vir para a rua e dizer que estão vivos, dizer que há direitos e deveres que têm de ser garantidos."
Os dados oficiais indicam um aumento de 30,4% do desemprego na Região Autónoma da Madeira entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021, atingindo cerca de 20.300 pessoas, mas a USAM, organização que integra cerca de 80% das estruturas sindicais do arquipélago, estima que o número real de desempregados seja superior a 30.000.
"Temos todo o setor dos trabalhadores precários e a economia informal que não estão integrados nas estatísticas do desemprego", disse, alertando, por outro lado, para as "ameaças de despedimentos coletivos" ao nível dos setores do turismo e do comércio.
De acordo com os dados mais recentes da Direção Regional da Saúde, o arquipélago da Madeira, com cerca de 260 mil habitantes, regista 272 casos ativos de covid-19, num total de 8.789 confirmados desde o início da pandemia, e 71 óbitos associados à doença.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.046.134 mortos no mundo, resultantes de mais de 142,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.952 pessoas dos 832.255 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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