O grupo - construtor automóvel nascido da fusão da PSA com a Fiat Chrysler (FCA) - que reúne 14 marcas, entre as quais Jeep e Maserati, prevê que a falta de componentes eletrónicos, fabricados principalmente na Ásia e sujeitos a uma procura fora do normal, vai manter-se e provocar um "grande impacto" no segundo trimestre.
Tal como a Ford ou a Volkswagen, as fábricas não podem funcionar caso não disponham de componentes necessários no fabrico das viaturas devido à elevada procura do setor informático.
A crise sanitária fez aumentar o número de pessoas em regime de teletrabalho provocando uma consequente procura exponencial de componentes eletrónicos necessários para o setor informático.
Oito das 44 fábricas do grupo Stellantis estão diretamente afetadas pela escassez de chips e outros componentes eletrónicos estando suspensas algumas linhas de montagem técnicas, indicou o diretor financeiro do grupo, Richard Palmer, durante uma conferência de imprensa.
"As nossas reservas baixaram, sobretudo na América do Norte", indicou Palmer.
Mesmo assim, o grupo apresentou um valor bruto de negócio correspondente a 34,3 mil milhões de euros no primeiro trimestre, um aumento de 14% em relação ao primeiro trimestre de 2020.
A empresa Stellantis vendeu no primeiro trimestre 1.567 milhões de veículos, um valor que reflete "uma grande procura por parte dos consumidores e um bom desempenho do setor das vendas.
O grupo mantém as perspetivas para 2021, nos principais mercados, com um aumento de vendas de 10% na Europa, 08% na América do Norte e 20% na América do Sul.
Para impulsionar as vendas, o grupo conta lançar o novo Opel Mokka e com a produção de Jeep Wagoneer e Grand Cherokee.
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