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Eurogrupo quer retoma "sustentável" (e ainda "há muito trabalho" a fazer)

As reuniões informais de ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo) e da União Europeia (Ecofin) que Portugal recebe no âmbito da presidência do Conselho da União Europeia arrancaram hoje no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.

Eurogrupo quer retoma "sustentável" (e ainda "há muito trabalho" a fazer)
Notícias ao Minuto

12:26 - 21/05/21 por Notícias ao Minuto

Economia Eurogrupo

A reunião informal dos ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo) arrancou, esta sexta-feira, no no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, e o sentimento transmitido é que a Europa está perante um momento de retoma, mas os responsáveis querem que ela seja "sustentável" e admitem que há vários desafios pela frente. 

"Há agora um sentimento de que estamos perante uma retoma", disse o presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, no final do Eurogrupo, acrescentando que "ainda há muito trabalho pela frente".

"Estamos determinados em continuar a trabalhar juntos para providenciar uma recuperação que possa ser sustentável e que procura apoiar empresas e cidadãos", acrescentou Paschal Donohoe.

Por sua vez, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, sublinhou que as perspetivas para a segunda metade do ano são mais "encorajadoras". Esta manhã, Gentiloni disse que o executivo europeu divulgará as suas orientações orçamentais no próximo dia 2 de junho.

Gentiloni defendeu que o emprego "é um desafio imenso", vincando que, apesar da recuperação perspetivada, "continuará a haver sequelas" no mercado.

"É óbvio que o emprego é um desafio imenso e continuará a haver sequelas no mercado de trabalho", apontou, Gentiloni, que falava, em conferência de imprensa.

Este responsável adiantou ainda que o objetivo não é só uma retoma a valores de 2019, "mas um crescimento mais estável e sustentável", através do Mecanismo de Recuperação e Resiliência, notando que já foram entregues 18 planos de recuperação.

O diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), Klaus Regling, considerou que há um "consenso pouco habitual" por parte dos especialistas face à recuperação económica da União Europeia.

Segundo este responsável do MEE, mantêm-se, no entanto, algumas divergências entre os Estados-membros, tal como já tinha acontecido no passado, em virtude dos diferentes impactos económicos da pandemia de Covid-19.

Já a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, referiu que se prevê que o crescimento retorne aos níveis pré-pandemia "em 2022", sublinhando que é necessária uma "recuperação forte e sustentada".

"A fase em que estamos agora mostra-nos uma situação de recuperação, que não está ainda totalmente ancorada, e por isso precisamos de manter medidas de apoio no processo de retoma", acrescentou Lagarde, durante a conferência de imprensa.

Os encontros, que se prolongam até sábado à hora do almoço e em que o ministro de Estado e das Finanças, João Leão, é o anfitrião, contam ainda com a presença dos governadores dos bancos centrais europeus.

[Notícia atualizada às 13h24]

Leia Também: Marcelo quer repensar perspetiva financeira que "dominou a Europa"

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