Eurogrupo quer retoma "sustentável" (e ainda "há muito trabalho" a fazer)
As reuniões informais de ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo) e da União Europeia (Ecofin) que Portugal recebe no âmbito da presidência do Conselho da União Europeia arrancaram hoje no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.
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Economia Eurogrupo
A reunião informal dos ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo) arrancou, esta sexta-feira, no no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, e o sentimento transmitido é que a Europa está perante um momento de retoma, mas os responsáveis querem que ela seja "sustentável" e admitem que há vários desafios pela frente.
"Há agora um sentimento de que estamos perante uma retoma", disse o presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, no final do Eurogrupo, acrescentando que "ainda há muito trabalho pela frente".
"Estamos determinados em continuar a trabalhar juntos para providenciar uma recuperação que possa ser sustentável e que procura apoiar empresas e cidadãos", acrescentou Paschal Donohoe.
Por sua vez, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, sublinhou que as perspetivas para a segunda metade do ano são mais "encorajadoras". Esta manhã, Gentiloni disse que o executivo europeu divulgará as suas orientações orçamentais no próximo dia 2 de junho.
Gentiloni defendeu que o emprego "é um desafio imenso", vincando que, apesar da recuperação perspetivada, "continuará a haver sequelas" no mercado.
"É óbvio que o emprego é um desafio imenso e continuará a haver sequelas no mercado de trabalho", apontou, Gentiloni, que falava, em conferência de imprensa.
Este responsável adiantou ainda que o objetivo não é só uma retoma a valores de 2019, "mas um crescimento mais estável e sustentável", através do Mecanismo de Recuperação e Resiliência, notando que já foram entregues 18 planos de recuperação.
O diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), Klaus Regling, considerou que há um "consenso pouco habitual" por parte dos especialistas face à recuperação económica da União Europeia.
Segundo este responsável do MEE, mantêm-se, no entanto, algumas divergências entre os Estados-membros, tal como já tinha acontecido no passado, em virtude dos diferentes impactos económicos da pandemia de Covid-19.
Já a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, referiu que se prevê que o crescimento retorne aos níveis pré-pandemia "em 2022", sublinhando que é necessária uma "recuperação forte e sustentada".
"A fase em que estamos agora mostra-nos uma situação de recuperação, que não está ainda totalmente ancorada, e por isso precisamos de manter medidas de apoio no processo de retoma", acrescentou Lagarde, durante a conferência de imprensa.
Os encontros, que se prolongam até sábado à hora do almoço e em que o ministro de Estado e das Finanças, João Leão, é o anfitrião, contam ainda com a presença dos governadores dos bancos centrais europeus.
[Notícia atualizada às 13h24]
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