"Prestamos uma atenção particular às fontes renováveis, por nos permitirem dispor de centrais de geração de energia em vários pontos geográficos dispersos ao longo do país, contribuindo, desse modo, para criar alternativas que melhoram a segurança e a qualidade do fornecimento bem como a viabilização da nossa agenda climática", afirmou Max Tonela.
O governante falava no ato que marcou o lançamento da primeira pedra de construção da Central Solar de Cuamba, na província de Niassa, norte do país.
O executivo, prosseguiu, vai continuar os investimentos em infraestruturas de geração de energias renováveis em mais pontos do país visando contribuir cada vez mais para o desenvolvimento do nosso país.
"Pretendemos continuar a apostar neste modelo misto, envolvendo parcerias público-privadas, de modo a promover o desenvolvimento de infraestruturas de forma mais eficiente, mais célere e sem recurso a financiamento público ou dívidas para o Estado", destacou.
Com o empreendimento cuja construção começou hoje, a província de Niassa passa a contar com uma fonte própria de geração de energia elétrica, estando ainda prevista a construção de mais duas centrais neste ponto do país, acrescentou.
Max Tonela avançou que outras centrais alimentadas por fontes renováveis serão implantadas nas províncias de Tete e Sofala, centro do país, e de Inhambane, no sul.
Por seu turno, a alta-comissária do Reino Unido em Moçambique, Nnene Iwuji, cujo país é um dos financiadores do empreendimento, destacou o empenho britânico na inovação no setor de energias renováveis como área de interesse na cooperação com Moçambique.
"Espero que este projeto possa transmitir a posição do Reino Unido na inovação e fornecimento de energia renovável e o papel que as empresas e instituições britânicas podem desempenhar na concretização do crescimento limpo em Moçambique", afirmou Nnene Iwuji.
O Reino Unido, prosseguiu, continua a ser um parceiro estratégico de Moçambique para desenvolver o seu potencial de energia limpa, visando um ambiente sustentável e próspero para as futuras gerações.
A central solar de Cuamba, interior norte do país, terá uma capacidade de 15 megawatts, está orçada em 32 milhões de dólares (26,2 milhões de euros) e vai canalizar a energia elétrica produzida para a rede nacional.
O empreendimento resulta de um financiamento do fundo Emerging Africa Infrastructure, instituição financeira internacional.
A central será a terceira de "grande escala" projetada no país (ou seja, com capacidade para a produção de um mínimo de 15 megawatts a partir de fonte solar), depois da entrada em funcionamento de uma infraestrutura que gera 40 megawatts em Mocuba, na província da Zambézia, região centro, e do lançamento da primeira pedra no distrito de Metoro, na província de Cabo Delgado, norte do país, em agosto de 2020.
As obras da central solar de Cuamba vão durar 12 meses e irão gerar 100 postos de trabalho durante a construção e dez na fase de operação.
A estrutura será operada pela Electricidade de Moçambique (EDM) e pelas empresas internacionais Globeleq e Source Energy.
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