Redação, 23 jun 2021 (Lusa) -- Os principais centros financeiros mundiais estão a sentir dificuldades com o regresso ao trabalho presencial dos trabalhadores, 15 meses depois do primeiro confinamento geral devido à pandemia de covid-19, foi divulgado terça-feira.
Segundo dados de mobilidade da Google, a atividade no local de trabalho em Londres, Nova Iorque e São Francisco ainda está 50% abaixo do nível normal, noticia a agência de informação financeira Bloomberg.
Já em sítios como Frankfurt, Singapura e Hong Kong, as restrições relacionadas com a pandemia de covid-19 mudaram hábitos e levaram ao surgimento de novos problemas.
Com a pandemia a mostrar sinais de abrandamento em muitas partes do mundo, empresas como a Apple ou a JP Morgan Chase estão a preparar-se para fazer regressar ao local de trabalho mais funcionários.
Esta medida tem como intenção preservar a cultura de trabalho ou aumentar a colaboração entre colegas, desgastada devido a meses de trabalho através de plataformas como a Zoom.
No entanto, este será um processo complicado, e dependente, em grande parte, de fatores fora do controlo das empresas, como a vacinação, disseminação de novas variantes da covid-19 ou disponibilidade de transportes e até escolas abertas.
Mas as empresas estão também a sentir uma pressão crescente por parte dos funcionários, que têm desfrutado da flexibilidade que o trabalho à distância permite.
A Google, American Express ou a Unilever estão a adotar políticas que permitirão que as pessoas passem pelo menos parte da semana fora do escritório, mesmo quando a pandemia der tréguas.
Apesar desta realidade variar de cidade para cidade e de empresa para empresa, parece dado adquirido que o regresso à vida como era antes da pandemia é algo que ainda está longe de acontecer.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.875.359 mortos no mundo, resultantes de mais de 178,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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