O setor do turismo foi "fortemente" afetado pela pandemia em 2020, tendo sido registada uma "contração da atividade sem precedente histórico", de acordo com os dados divulgados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
"Por um lado, as medidas de combate à pandemia obrigaram ao encerramento temporário de alguns estabelecimentos. Por outro, ao longo do ano foram aplicadas diversas restrições à mobilidade com impacto na procura quer dos residentes em Portugal, quer dos residentes nos principais mercados emissores de turistas para Portugal. Adicionalmente é natural que, por precaução, procurando reduzir o risco de infeção, muitas intenções de procura de serviços da atividade turística em 2020 não se tenham materializado", sublinha o INE, em comunicado.
Em 2020, estima-se que o número de chegadas a Portugal de turistas não residentes tenha atingido 6,5 milhões, correspondendo a uma diminuição de 73,7% face a 2019 (crescimento de 7,9% em 2019).
Espanha manteve-se como o principal mercado emissor de turistas internacionais (quota de 28,5%), tendo registado um decréscimo de 70,5% em 2020.
Considerando a generalidade dos meios do alojamento turístico, em 2020 registaram-se 11,7 milhões de hóspedes que proporcionaram 30,3 milhões de dormidas, traduzindo-se em diminuições de 60,4% e 61,1%, respetivamente (+7,4% e +4,3%, pela mesma ordem, em 2019).
"A redução do volume de negócios da atividade do turismo não decorreu apenas de um efeito quantidade. Também se assistiu em geral à redução de preços. Registe-se, aliás, que de acordo com o Inquérito à Permanência de Hóspedes na Hotelaria e outros alojamentos nos estabelecimentos de alojamento turístico, o proveito médio por dormida diminuiu 9,4% e atingiu 41,7 euros (+3,2% em 2019)", pode ainda ler-se.
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