Esta foram as principais mensagens políticas deixadas por António Costa no discurso que abriu o debate do estado da nação, na Assembleia da República, e que motivou aplausos de pé por parte dos deputados da bancada do PS.
"De forma transversal às prioridades emergentes da pandemia e a todos os desafios estratégicos, está um imperativo de boa governação. Que passa, antes de mais, pela melhoria da qualidade da democracia", começou por apontar o líder do executivo.
Neste capítulo, apontou como exemplos reformas como a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção, da estrutura de comando das Forças Armadas, a separação das funções policial e administrativa na relação do Estado com os imigrantes, as mudanças na rede consular, ou o desenvolvimento do Portal da Transparência no âmbito dos fundos europeus.
"Há um ano, afirmei aqui que o estado da nação era o de uma nação em luta. Dessa luta nos estamos agora a reerguer. Com a dor do luto por aqueles que perdemos no caminho e com as cicatrizes dos sacrifícios que todos tivemos de fazer ao longo destes meses de exceção. Mas reerguemo-nos. Unidos, mais fortes e determinados a construir um país melhor, mais resiliente e mais preparado para vencer os desafios do futuro", sustentou.
Para o primeiro-ministro, depois de ano e meio "particularmente exigente em que o combate à pandemia se sobrepôs a tudo o resto, é tempo de olhar em frente, e pôr mãos à obra, para responder às prioridades e superar os desafios".
"Quero louvar o trabalho absolutamente notável que os profissionais de saúde têm vindo a realizar e agradecer-lhes o empenho e a dedicação com que diariamente combatem esta pandemia, salvando vidas, tratando doentes, investigando surtos ou acompanhando os isolamentos profiláticos. Todos testemunhámos o esforço extraordinário que professores, assistentes operacionais, alunos e famílias fizeram para que a educação continuasse quando as escolas tiveram de fechar" disse.
Na parte final do seu discurso, António Costa elogiou ainda os funcionários dos lares, das autarquias, da Segurança Social ou os elementos das forças de segurança, dizendo que "têm sido fundamentais no cuidado aos portugueses".
"Uma saudação enfática às nossas Forças Armadas que demonstraram todas as suas capacidades e mais valia, no desempenho de todas as missões que lhes foram confiadas", completou.
António Costa ainda dos empresários, aproveitando para evidenciar o atual período da economia portuguesa.
O primeiro-ministro destacou então "a contenção da taxa de desemprego em 7,1%, um valor de exportações de bens nos primeiros meses de 2021 superior ao do período homólogo de 2019 e um primeiro trimestre de 2021 que fixou um novo máximo de investimento empresarial, pelo menos desde 1999, quando se registou o início da série estatística".
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