Rádio "é sistematicamente subestimada no seu papel de segurança nacional"
O presidente do Conselho de Opinião (CO) da RTP afirmou hoje que a rádio "é sistematicamente subestimada no seu papel de segurança nacional" e que o órgão chamou a atenção para isso na revisão do contrato de concessão.
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Economia Rádio
Manuel Coelho da Silva falava na parlamentar "RTP - O Futuro do Serviço Público de Rádio e Televisão", que hoje decorre no parlamento.
"A rádio é sistematicamente subestimada no seu papel de segurança nacional, aliás, o Conselho de Opinião tem tomado posição muito clara sobre essas matérias. Chamámos a atenção neste contrato de concessão que havia uma ausência de clarificação sobre o papel da rádio na segurança nacional", salientou.
"Até agora praticamente só se falou de televisão e muito pouco da rádio e do seu papel em relação ao serviço que presta aos portugueses", referiu o responsável, questionando se os seus carros de exteriores no continente e nas regiões autónomas, as suas redes de emissores próprias estão devidamente operacionais.
Manuel Coelho da Silva referiu-se ainda à "progressiva degradação tecnológica" da RTP, que em 2004 se "assumia como pioneira da digitalização, na gestão e missão de conteúdos" e "hoje, apesar do esforço dos seus profissionais, se encontra em estado comatoso com sucessivas e inexplicáveis falhas".
O presidente do CO considerou ser "pertinente" questionar se "são adequados os meios disponíveis em recursos humanos e técnicos para responder às obrigações operacionais e institucionais, tanto na rádio como na televisão".
Por sua vez, o representante da Comissão de Trabalhadores (CT) da RTP, Paulo Mendes, teceu duras críticas ao Conselho Geral Independente (CGI) e à revisão do Contrato de Concessão de Serviço Público de Rádio e de Televisão (CCSPRT).
Sobre o CGI, disse que o órgão "não é reformável por dentro", mas antes "extinguível".
Relativamente ao novo CCSPRT, afirmou que o "que assusta é a falta" de visão.
"Gostaríamos que tivéssemos tido esta discussão [o debate sobre o novo contrato] há dois anos, porque o documento que estaríamos aqui a discutir seria bem melhor do que este que foi apresentado agora", concluiu Paulo Mendes.
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