Nos resultados que apresentou à Bolsa de Valores de Hong Kong, a Tencent destacou que, no primeiro semestre, a faturação cresceu 23%, em relação ao mesmo período de 2020, atingindo 273.562 milhões de yuans (36.014 milhões de euros).
No segundo trimestre do ano, o lucro líquido foi de 42.587 milhões de yuans (5.606 milhões de euros), o que representa um aumento de 29%, em relação ao ano anterior, mas uma queda de 11%, em relação ao primeiro trimestre de 2021.
Entre abril e junho, a faturação da Tencent, dona da aplicação WeChat, aumentou 20%, em termos homólogos, para 138.259 milhões de yuans (18.201 milhões de euros).
O grupo destacou que, durante este período, foram alcançadas taxas de crescimento "saudáveis", em setores como serviços empresariais ou publicidade, enquanto a indústria dos jogos 'online' - uma das suas principais fontes de receita, mas sob aparente escrutínio de Pequim devido ao impacto entre os mais jovens -- "beneficiaram do crescimento internacional".
A maioria da receita (52%) continua proveniente do que a empresa chama de "serviços de valor agregado", que englobam setores-chave como os jogos 'online' e redes sociais.
A empresa detém a aplicação móvel WeChat, a rede social mais utilizada na China. No final de junho, o WeChat somava 1.251 milhões utilizadores ativos mensais.
As receitas deste setor subiram 11% no segundo trimestre, com os jogos a faturar mais 12% e as redes sociais 9%.
O volume de negócios no segmento de tecnologia financeira ('fintech') aumentou 40%, em termos homólogos, para 41.892 milhões de yuans (5.516 milhões de euros), representando 30% da receita total da Tencent.
Em relação ao futuro, a Tencent deixou claro que vai atender as exigências de Pequim, numa altura em que as autoridades do país asiático iniciaram uma campanha regulatória no setor da tecnologia.
A empresa perdeu mais de 43% do seu valor na Bolsa de Valores de Hong Kong, desde o pico do ano, no final de janeiro.
O grupo frisou que vai aplicar medidas restritivas no acesso dos menores a jogos 'online' e que, nos seus negócios 'fintech' - um dos setores na mira de Pequim -- vai continuar a "apoiar o crescimento das pequenas e médias empresas".
Leia Também: Pandemia já provocou 4,38 milhões de mortes em todo o mundo