O Banco Angolano de Investimentos (BAI) assinou, no dia 05 de agosto, um acordo com o empresário para a transmissão da participação de 100% do capital social do banco detida no BAI Micro Finanças (BMF).
Segundo António Mosquito, o objetivo será transformar a entidade num banco comercial, pois já dispõe de todas as licenças e cumpre os requisitos para operar em Angola.
"O banco não vai atuar unicamente no microcrédito, vai ser uma entidade comercial normal", afirmou, sublinhando que pretende criar uma diferenciação no setor bancário angolano, sem avançar mais detalhes.
António Mosquito escusou-se a divulgar os valores envolvidos na operação, adiantando apenas que foram acionadas garantias através da Caixa Angola (de que é acionista, com uma participação de 12%).
O empresário, dono do grupo GAM, tem interesses na área do petróleo, banca, agricultura ou construção.
O Banco BAI Micro Finanças iniciou a atividade em 20 de agosto de 2004, com a designação de NOVOBANCO, administrado sob gestão alemã, mais propriamente pelo Grupo Procredit e foi o primeiro banco especializado em microcrédito no país, contando atualmente com 21 agências.
Em 2009, passou a ter a designação de Banco BAI Micro Finanças por escritura notarial outorgada em 30 de outubro de 2009.
Em 2018, procedeu a um aumento de capital, passando o Banco BAI a deter 98,41% do capital, a Chevron Sustainable Development Company (CSDC) com 0,59% e três acionistas minoritários com 0,33%.
Em 2020, sofreu nova reestruturação no que diz respeito à sua estrutura acionista, tendo os acionistas minoritários alienado as suas ações ao acionista BAI.
?O BAI anunciou, no início de agosto, a venda das participações sociais detidas direta e indiretamente nas empresas, Griner Engenharia S.A (72.6%) e a Novinvest S.A. (51%).
Acionistas do BAI aprovam alteração dos estatutos para entrar em bolsa em 2022.
O BAI, participado pela petrolífera estatal Sonangol, viu recentemente aprovada pelos acionistas a alteração dos estatutos que lhe irá permitir a entrada em bolsa em 2022.
A estrutura do BAI é composta por 54 acionistas, dos quais nenhum detém participações qualificadas, destacando-se a Sonangol como principal acionista com 8,50% do capital.
Integram ainda o grupo de acionistas a Oberman Finance Corp (5,00%), Dabas Management Limeted (5,00%), Mário Palhares (5,00%), Theodore Giletti (5,00%), Lobina Anstalt (5,00%), Coromasi Participações Lda. (4,75%), Mário Barber (3,87%), Luís Lélis (3,00%) e "Outros` não identificados, que repartem os restantes 54,88% do capital.
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